Há um “Bosque dos Avós” a nascer em Amarante – e procura padrinhos para milhares de árvores

O projecto tem permitido aos avós plantar e apadrinhar uma ou mais árvores autóctones com o nome dos netos, assumindo o compromisso de cuidar das plantas.

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Há milhares de árvores na serra do Marão, em Amarante, disponíveis para serem apadrinhadas por avós e netos, na iniciativa “Bosque dos Avós”, que já permitiu a plantação de 1600 exemplares. José Claudino Silva, um dos mentores do “Bosque dos Avós”, explicou à Lusa que os dois hectares do espaço gerido até ao momento, na localidade de Aboadela, já não podem crescer mais, mas em terrenos contíguos, de baldios, foram plantados recentemente milhares de exemplares que podem ser apadrinhados, seguindo o mesmo conceito.

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Há milhares de árvores na serra do Marão, em Amarante, disponíveis para serem apadrinhadas por avós e netos, na iniciativa “Bosque dos Avós”, que já permitiu a plantação de 1600 exemplares. José Claudino Silva, um dos mentores do “Bosque dos Avós”, explicou à Lusa que os dois hectares do espaço gerido até ao momento, na localidade de Aboadela, já não podem crescer mais, mas em terrenos contíguos, de baldios, foram plantados recentemente milhares de exemplares que podem ser apadrinhados, seguindo o mesmo conceito.

Na prática, explicou, o “Bosque dos Avós”, entretanto transformado em associação, tem permitido aos avós plantar e apadrinhar uma ou mais árvores autóctones com o nome dos netos (actualmente são mais de 400), assumindo o compromisso de cuidar das plantas.

O conceito que tanto sucesso alcançou, sugeriu, pode ser replicado agora nos terrenos baldios contíguos de Aboadela, uma vez que quem gere aquelas parcelas já concordou com a ideia.

“Chegámos ao nosso limite e não vamos expandir mais. Contudo, com este outro projecto, que é da responsabilidade dos Baldios de Aboadela, existem milhares de novas árvores, nomeadamente carvalhos e bétulas, que poderiam beneficiar da mesma atenção que é dada às nossas”, explicou José Claudino Silva.

Anotou, ainda, que pode ser uma oportunidade para que, no futuro, se crie um “imenso espaço natural” que devolva ao Marão as suas espécies autóctones.

O presidente do conselho directivo dos Baldios de Aboadela indicou à Lusa que o espaço sugerido agora pelo projecto “Bosque dos Avós” tem cerca de 15 hectares e integra um projecto de reflorestação iniciado em 2019.

Álvaro Marinho disse ser “bem-vinda” a ideia de se poder apadrinhar árvores naquele espaço contíguo ao “Bosque dos Avós”.

“Estamos sempre abertos a projectos e ideias que visem a melhoria das condições deste território”, referiu, assinalando que naquela área se procedeu recentemente à reposição de várias plantas que morreram durante o Verão.

O projecto “Bosque dos Avós” arrancou em 2018 com a plantação de 400 árvores, num terreno cedido pelo Conselho Directivo dos Baldios de Aboadela, com apoio da União de Freguesias de Aboadela, Sanche e Várzea e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O projecto foi crescendo até chegar às actuais 1600 árvores e a inscrição de 460 avós, de vários pontos do mundo, que cuidam dos seus exemplares, usufruindo de um espaço que até já conta com um parque de merendas e outros equipamentos e apoio.