Líder do PSD-Guarda sugere adiamento das eleições autárquicas

O vereador da oposição da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo defende adiamento de pelo menos seis meses devido à situação pandémica.

Foto
Devido à pandemia, PSD da Guarda apela ao adiamento das autárquicas por seis meses Pedro Fazeres

O presidente da comissão política distrital do PSD da Guarda, Carlos Condesso, considerou, nesta quarta-feira, prudente avaliar o adiamento em “pelo menos seis meses” das eleições autárquicas, devido à pandemia causada pela covid-19.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da comissão política distrital do PSD da Guarda, Carlos Condesso, considerou, nesta quarta-feira, prudente avaliar o adiamento em “pelo menos seis meses” das eleições autárquicas, devido à pandemia causada pela covid-19.

“Na qualidade de presidente da distrital do PSD da Guarda e de simples cidadão deste país entendo que seria prudente avaliar atempadamente se há condições de se realizarem eleições autárquicas este ano”, declarou o dirigente social-democrata à agência Lusa.

Segundo Carlos Condesso, que é vereador da oposição na Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, o processo das eleições autárquicas “não se resume só ao dia das eleições, começando os contactos pessoais e a auscultação nos mais diversos partidos com muita antecedência”.

“O adiamento de pelo menos seis meses faz sentido, devido à situação pandémica que o nosso país está a atravessar e porque não está garantido que em Setembro ou Outubro a população já esteja toda vacinada e a imunidade de grupo já esteja garantida”, sustentou o social-democrata.

O líder do PSD no distrito da Guarda lembra que no processo das autárquicas “estão envolvidos largos milhares de cidadãos nos 308 concelhos, praticando, como habitual, uma campanha de proximidade e de contacto “porta a porta” e isso pode-se tornar num enorme barril de pólvora, desencadeando surtos por todo o país”.

“Quem de direito tem de fazer já a avaliação desta situação, para depois não se andar a correr atrás do prejuízo. O país já foi fustigado demais e já se perderam muitas vidas por causa desta pandemia e não será por se adiarem as eleições por seis meses que algum concelho deste país fique prejudicado ou que a democracia não se cumpra de igual forma”, defende.

No entender de Carlos Condesso, "tem de se agir com antecedência para não voltar a acontecer o que aconteceu no Natal”.

“A salvaguarda dos cidadãos e as vidas humanas tem de ser sempre a prioridade. Temos o dever de proteger o nosso país e o direito de exercer o voto e fazer as nossas escolhas em conformidade com todo um processo eleitoral com a máxima segurança, legitimidade e normalidade”, remata o dirigente.