Arrepios e perda de apetite (também) são sintomas frequentes da covid-19

Investigadores da Imperial College London dizem que se estes sintomas fossem incluídos nas orientações de testagem seria mais fácil identificar casos assintomáticos ou com poucos sinais da doença.

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Investigadores dizem que há mais sintomas da covid-19 para além dos "clássicos" Daniel Rocha

Além dos sintomas “clássicos” da covid-19 que o mundo aprendeu a reconhecer nos últimos meses — perda do olfacto e paladar, febre e tosse persistente —, uma equipa da Imperial College London concluiu que os arrepios, perda de apetite, dor de cabeça e dores musculares também estão muito associados à infecção pelo novo coronavírus.

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Além dos sintomas “clássicos” da covid-19 que o mundo aprendeu a reconhecer nos últimos meses — perda do olfacto e paladar, febre e tosse persistente —, uma equipa da Imperial College London concluiu que os arrepios, perda de apetite, dor de cabeça e dores musculares também estão muito associados à infecção pelo novo coronavírus.

O estudo foi feito com base em testes de diagnóstico (PCR) e questionários a mais de um milhão de pessoas entre Junho de 2020 e Janeiro de 2021.

Segundo as conclusões da investigação, publicadas esta quarta-feira, ter qualquer um destes sintomas ou dos sintomas clássicos, isoladamente ou em combinação, está associado à infecção pelo novo coronavírus. Quanto mais sintomas as pessoas apresentarem, maior é a probabilidade de estarem infectadas. No entanto, diz a equipa, cerca de 60% das pessoas infectadas não tinham nenhum sintoma na semana anterior ao teste.

“O estudo também descobriu que há variação dos sintomas conforme a idade. Embora os arrepios tenham sido associados a testes positivos em todas as idades, as dores de cabeça foram registadas com mais frequência em jovens de 5 a 17 anos, a perda de apetite em pessoas entre os 18 a 54 anos e com mais de 55 anos, e as dores musculares em pessoas entre 18 a 54 anos”, lê-se no comunicado da universidade. 

“Essas novas conclusões sugerem que muitas pessoas com covid-19 não farão o teste — e, portanto, não se auto-isolarão — porque os sintomas que apresentam não constam das orientações actuais de saúde pública para ajudar a identificar pessoas infectadas”, refere Paul Elliott, coordenador do estudo.

Se estes sintomas fossem incluídos, diz Elliott, seria possível identificar mais casos assintomáticos e impedir que o contágio aconteça sem as pessoas se aperceberem. “Espero que as nossas descobertas signifiquem que o programa de testes possa aproveitar as evidências mais actualizadas para identificar mais pessoas infectadas”.