O confinamento funciona; a vacinação também. O resto, não
Precisamos de agir como os medievais, confinando para conter novas variantes e para dar uma oportunidade ao hiper-futurismo das vacinas de chegar com plena eficácia.
É como se estivéssemos a viver numa máquina do tempo. Por um lado, a humanidade desenvolveu em dez meses — praticamente metade do prazo das previsões mais otimistas — vacinas contra a covid-19, algumas das quais usando a novíssima tecnologia do RNA-mensageiro, de grande eficácia e que promete ser revolucionária no tratamento desta e de outras patologias. Por outro lado, a única coisa que para já funciona a sério na contenção da pandemia é aquilo que descobrimos funcionar na Idade Média contra a Peste Negra: quarentenas e confinamentos. E neste cruzamento de hiper-futurismo e neo-medievalidade em que nos encontramos só há uma coisa lógica a fazer: confinar para poder vacinar.
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É como se estivéssemos a viver numa máquina do tempo. Por um lado, a humanidade desenvolveu em dez meses — praticamente metade do prazo das previsões mais otimistas — vacinas contra a covid-19, algumas das quais usando a novíssima tecnologia do RNA-mensageiro, de grande eficácia e que promete ser revolucionária no tratamento desta e de outras patologias. Por outro lado, a única coisa que para já funciona a sério na contenção da pandemia é aquilo que descobrimos funcionar na Idade Média contra a Peste Negra: quarentenas e confinamentos. E neste cruzamento de hiper-futurismo e neo-medievalidade em que nos encontramos só há uma coisa lógica a fazer: confinar para poder vacinar.