João Luís Barreto Guimarães vence prémio de poesia nos EUA

Mediterrâneo ganhou o Willow Run Poetry Book Award de 2020. O prémio é promovido pela editora Hidden River Press, que publicará este ano o livro nos Estados Unidos.

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Nelson Garrido

O livro de poemas Mediterrâneo, do poeta João Luís Barreto Guimarães, venceu a terceira edição do Willow Run Poetry Book Award, um prémio atribuído pela editora americana Hidden River Press, sediada em Filadélfia, no estado da Pensilvânia. Originalmente publicado em 2016, Mediterrâneo, já publicado em vários países europeus, concorreu a este prémio numa versão inglesa realizada pelo poeta e tradutor americano Calvin Olsen, e deverá ser lançado ainda este ano pela Hidden River Press.

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O livro de poemas Mediterrâneo, do poeta João Luís Barreto Guimarães, venceu a terceira edição do Willow Run Poetry Book Award, um prémio atribuído pela editora americana Hidden River Press, sediada em Filadélfia, no estado da Pensilvânia. Originalmente publicado em 2016, Mediterrâneo, já publicado em vários países europeus, concorreu a este prémio numa versão inglesa realizada pelo poeta e tradutor americano Calvin Olsen, e deverá ser lançado ainda este ano pela Hidden River Press.

Com um valor monetário de mil dólares, o Willow Run Poetry Book Award foi atribuído pela primeira vez em 2018, ao livro Remaking Achilles: Slicing Into Angola’s History, da poetisa americana Carol Tyx – uma leitura poética de um incidente ocorrido na prisão Angola, no estado da Louisiana, em 1952, quando mais de 30 detidos cortaram os seus próprios tendões de Aquiles em protesto contra as condições prisionais – e consagrou no ano seguinte Hillbilly Guilt, de Roy Bentley. um poeta da Appalachia, uma região montanhosa que atravessa vários estados americanos e cujos habitantes são muitas vezes referidos pelo estereótipo hillbilly.

João Luís Barreto Guimarães, que é também médico, torna-se assim o primeiro autor não americano a ganhar este prémio, cujo júri foi presidido pela escritora Debra Leigh Scott, fundadora e directora da Hidden River Press.

Mediterrâneo já vencera em 2017 o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, cujo júri o caracterizou como “uma deambulação pela história e pela cultura europeia e mediterrânica, atravessando a paisagem física e espiritual, bem como o tempo entre a Antiguidade clássica e a nossa contemporaneidade (…), um livro que nos apresenta uma poesia que reflecte as nossas raízes culturais como elementos vivos do nosso quotidiano”.

Tendo-se estreado em 1989 com Há Violinos na Tribo, Barreto Guimarães publicou depois disso mais uma dezena de livros, dois deles já posteriores a Mediterrâneo: Nómada, de 2018, e Movimento, lançado em 2020, ambos publicados pela Quetzal, tal como Mediterrâneo. Entre estes dois últimos títulos saiu ainda, em 2019, a antologia O Tempo Avança por Sílabas, na qual reúne cem poemas escolhidos

Os leitores portugueses devem ainda a João Luís Barreto Guimarães a apresentação, no blogue Poesia & Lda, de poetas contemporâneos de dezenas de países, cujos poemas ali traduz e comenta.