Quase quarenta anos depois, a Escócia voltou a ganhar em Twickenham

Os escoceses surpreenderam a Inglaterra na estreia do Torneio das Seis Nações. Portugal joga hoje em Madrid.

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A festa dos jogadores da Escócia LUSA/FACUNDO ARRIZABALAGA

Desde que a selecção inglesa de râguebi realizou em 1910 o primeiro jogo internacional em Twickenham, Inglaterra e Escócia tinham-se defrontado por 49 vezes no estádio londrino em jogos do Torneio das Seis Nações, com supremacia quase absoluta por parte dos ingleses, que apenas tinham perdido por quatro vezes. Neste sábado, 38 anos depois de ganhar pela última vez na “casa do râguebi inglês, a Escócia voltou a fazer história: com um triunfo por 11-6, o “XV” comandada por Gregor Townsend colocou os detentores do título em maus lençóis e assumiu-se como candidata a ganhar um torneio que não vence desde o século passado.

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Desde que a selecção inglesa de râguebi realizou em 1910 o primeiro jogo internacional em Twickenham, Inglaterra e Escócia tinham-se defrontado por 49 vezes no estádio londrino em jogos do Torneio das Seis Nações, com supremacia quase absoluta por parte dos ingleses, que apenas tinham perdido por quatro vezes. Neste sábado, 38 anos depois de ganhar pela última vez na “casa do râguebi inglês, a Escócia voltou a fazer história: com um triunfo por 11-6, o “XV” comandada por Gregor Townsend colocou os detentores do título em maus lençóis e assumiu-se como candidata a ganhar um torneio que não vence desde o século passado.

O desenvolvimento do râguebi escocês nos últimos cinco anos tem sido notório, mérito do trabalho iniciado pelo neozelandês Vern Cotter e continuado por Gregor Townsend, mas um triunfo em Twickenham é um dos maiores feitos neste século da equipa escocesa.

Jogando com típica bravura escocesa a defender e muita clareza no ataque, a Escócia conseguiu uma vantagem de 8-0 (penalidade de Finn Russell e ensaio de Van Der Merwe), mas a fiabilidade de Owen Farrell no jogo ao pé colocou a vantagem escocesa ao intervalo em apenas dois pontos (8-6).

Na segunda parte, esperava-se uma reacção dos ingleses, actuais vice-campeões mundiais e vencedores do Seis Nações do ano passado, mas a Escócia não cedeu (terminou o jogo com 63% de posse de bola e 59% domínio territorial), acabando por conseguir mais três pontos por Russell.

Ao contrário da Inglaterra, a França não fraquejou no jogo de arranque da 127.ª edição da mais importante competição de râguebi do Hemisfério Norte. No Estádio Olímpico de Roma, o “XV de France”, comandado por Antoine Dupont, fez uma exibição de muita qualidade e deixou um sério aviso à concorrência: com sete ensaios, os franceses conseguiram a maior vitória de sempre em Itália (50-10).

A primeira jornada fica completa neste domingo (15h00, SPTV4), com a deslocação da Irlanda a Cardiff, para defrontar no Millennium Stadium o País de Gales.

Duelo Ibérico em Madrid
No Rugby Europe Championship, a principal prova organizada pela Rugby Europe, a competição de 2020 apenas ficará completa neste domingo – a última jornada foi adiada em Março devido à pandemia.

Com a vitória já assegurada pela Geórgia, a Roménia livrou-se de jogar um play-off com a Holanda para determinar quem disputa a edição de 2021 sem ter que entrar em campo: a selecção belga foi impedida pelas autoridades do país de viajar para Bucareste e a Rugby Europe atribuiu o triunfo aos romenos, por 25-0.

Assim, para além de um Geórgia-Rússia para cumprir calendário, neste domingo, em Madrid, haverá a partir das 11h45 o duelo Ibérico que vai decidir quem termina a competição na vice-liderança: espanhóis e portugueses estão empatados com nove pontos e aos “Lobos” basta um empate para garantir o 2.º lugar.