Quase um milhão de euros para criar inovação social a partir de Lisboa

Investimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Banco Montepio foi feito em nove projectos já apoiados pela iniciativa pública Portugal Inovação Social.

Foto
“Todos tentam ajudar pessoas de alguma maneira” PAULO PIMENTA

São nove projectos de inovação social em áreas tão diversas como a educação ou o emprego, a saúde ou a cultura. Vão receber um total de 934 mil euros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Banco Montepio.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

São nove projectos de inovação social em áreas tão diversas como a educação ou o emprego, a saúde ou a cultura. Vão receber um total de 934 mil euros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Banco Montepio.

Inês Sequeira, directora da Casa do Impacto, da Santa Casa, acha importante atender ao processo. A iniciativa pública Portugal Inovação Social já tinha atestado o carácter inovador daqueles projectos e garantido algum financiamento a cada um deles. Os promotores precisavam, todavia, de investidores sociais.

Em vez de esperar que lhes batessem à porta, como é costume, as duas entidades juntaram um milhão e 350 mil euros e abriram um concurso. Receberam dezenas de candidaturas. Um júri tratou de analisá-las e acabou por aprovar nove – dois Títulos de Impacto Social e sete Parcerias para o Impacto. Inês Sequeira tem dificuldade em destacar alguma. “São todas inovadoras”, diz.

Há o “WeGuide”, o acompanhamento profissional (não voluntário) de doentes oncológicos da área metropolitana de Lisboa, cujo plano é, numa segunda fase, chegar a outras partes do país e a pessoas com outras doenças crónicas. E o “Robot PEPE”, uma ferramenta terapêutica que alia jogos cognitivos a exercício físico.

Há o “Ubbu - code literacy em Lisboa”, apostado no ensino de Ciência da Computação e da Programação nas escolas públicas dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. E o “Gamezone Lisboa”, cuja missão é combater o défice de competências de português e matemática de alunos com baixo estatuto socioeconómico.

Há a “Skoola - Escola de Música Urbana e Contemporânea”, para rapazes e raparigas entre os 10 e os 18 anos que vivam em bairros desfavorecidos. E “o meu mundo é o meu bairro”, que procurará promover a inclusão através de várias artes no Bairro da Quinta do Loureiro. E o “Na minha praceta”, que propõe uma certa regeneração de três bairros municipais da freguesia de Marvila.

Há o projecto “Impulso”, que visa simplificar a criação de micro-negócios. E o “55+ Scaling for Impact”, uma plataforma de pequenos serviços que procura satisfazer necessidades da comunidade ao mesmo tempo que dá sentido de utilidade às pessoas mais velhas.

“Todos tentam ajudar pessoas de alguma maneira”, resume. Alguns estão incubados na Casa do Impacto.