O Diário da Irmã da Princesa Mandona promete abalar o conto de fadas de Meghan

Chama-se The Diary of Princess Pushy’s Sister (O Diário da Irmã da Princesa Mandona, numa possível tradução à letra) e acaba de ser lançado nos EUA, com o selo Barnes & Noble, com a meia-irmã da mulher do príncipe Harry a expor segredos de família e a garantir que a “verdade é mais estranha do que a ficção”.

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A relação entre Meghan Markle e a família paterna, nomeadamente com a meia-irmã Samantha Markle, nunca terá sido idílica — segundo a biografia Finding Freedom, de Omid Scobie e Carolyn Durand, as duas só se terão cruzado um par de vezes desde o tempo em que eram crianças. Mas, foi após o casamento com o príncipe Harry que os laços se quebraram. Sobretudo depois de a princesa não ter adiado o enlace, sabendo que o pai não poderia comparecer por motivos de saúde

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A relação entre Meghan Markle e a família paterna, nomeadamente com a meia-irmã Samantha Markle, nunca terá sido idílica — segundo a biografia Finding Freedom, de Omid Scobie e Carolyn Durand, as duas só se terão cruzado um par de vezes desde o tempo em que eram crianças. Mas, foi após o casamento com o príncipe Harry que os laços se quebraram. Sobretudo depois de a princesa não ter adiado o enlace, sabendo que o pai não poderia comparecer por motivos de saúde

Na altura, Thomas Markle, que sofreu um ataque cardíaco dias antes da cerimónia, justificou a ausência pelo facto de se sentir envergonhado pela polémica em torno de uma sessão fotográfica encomendada. Em causa estavam imagens postas a circular como se tivessem sido tiradas sem o seu consentimento, e que o mostravam a preparar-se para o casamento da filha, incluindo a ler notícias sobre a cerimónia num cibercafé no México. O objectivo seria mudar a percepção do público sobre a relação entre Thomas e Meghan, descrita desde sempre como fria e distante. 

Na época, Samantha Markle assumiu ter sido a autora da farsa e, agora, os excertos publicados pela Newsweek, relatam como tudo aconteceu. No entanto, a autora defende-se, alegando que nunca se tratou de ganhar dinheiro, mas de limpar a imagem do pai. “Recebi uma chamada de alguém que se ofereceu para me pôr em contacto com um amigo fotógrafo chamado Jeff [Rayner], que prometeu tirar fotografias discretas do meu pai”, que serviriam para limpar a sua imagem, numa altura em que a imprensa esmiuçava as falhas do progenitor “como abutres numa festa”.

“Fiquei encantada [com as fotografias], até ver um artigo que dizia que ele ‘tinha encenado as fotografias'”, recorda. “Quase me engasguei, quando vi imagens do fotógrafo a caminhar um metro atrás do meu pai.”

Ainda assim, a norte-americana insiste que o casamento deveria ter sido adiado e que o pai apenas não esteve presente na capela de S. Jorge, em Windsor, para levar Meghan ao altar (entrou sozinha, juntando-se ao futuro sogro, o príncipe de Gales, apenas a meio do caminho), por causa da sua débil condição física.

De doce a má

Mais do que os factos, o livro de Samantha, segundo a revista britânica Tatler, relata emoções, como as que o pai terá lido no comportamento da ex-actriz que, acusa, se transformava de acordo com a presença ou não do noivo. “Quando Harry está, ela é muito doce e uma pessoa diferente, mas quando ele sai, ela é má e controladora”, terá desabafado o pai a Samantha ainda antes do matrimónio de Meghan com a figura da realeza britânica.

A relação de Samantha com a irmã deteriorou-se publicamente após o noivado de Meghan e Harry ter sido anunciado em 2017, sobretudo por causa das entrevistas que Samantha deu, revelando-se muito crítica da futura duquesa. Depois, inverteu o discurso, tecendo elogios à princesa – mas o emendar de mão pecaria por tardio e Meghan não revela, desde então, vontade de restabelecer os laços fraternais. Algo que se deverá manter depois de ler a recém-lançada autobiografia.

É que se, por um lado, Samantha dá uma dimensão muito humana aos dramas familiares – “(…) ninguém é perfeito”, escreve, “rimos, concordamos, discordamos e perdoamo-nos mutuamente, que é o que torna as famílias tão especiais” –, por outro, não se coíbe de revelar como Meghan, que ela adorava quando bebé, se foi mostrando “rude” à medida que foi crescendo. “Sempre pensei que a minha irmã se iria tornar mais parecida com o meu pai, mas parecia que a cada dia que passava, ela estava a tornar-se mais parecida com a sua mãe.”

Com capítulos que prometem conteúdo chocante, como “A Rainha Ficaria Chocada” e “À Procura do Sr. Certo pelo Caminho Errado”, a autobiografia de 330 páginas também procura uma resposta para o que se passou há um ano e que terminaria com o afastamento do casal real das tarefas da coroa, escreve o tablóide Daily Mail. Isto porque, lê-se na apresentação da obra, quando se trata de Meghan “as coisas nem sempre são como parecem”.

Para já, não há nenhuma reacção oficial de Meghan, mas o Daily Mail cita fontes próximas da princesa que garantem que ela ficou “em lágrimas” quando soube da existência do livro há um ano.