Museu da Língua Portuguesa em S. Paulo reabre em Julho, seis anos após o incêndio

O equipamento foi reformulado em cerca de 80%, e vai passar a acolher também mostras temporárias, sendo a primeira delas Língua Solta, dedicada à relação da arte com a língua portuguesa.

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O museu foi destruído por um incêndio em Dezembro de 2015 PAULO WHITAKER/ REUTERS

O Museu da Língua Portuguesa, localizado da cidade brasileira de São Paulo, fechado desde Dezembro de 2015, após ser atingido por um grande incêndio que destruiu as instalações, reabrirá no próximo dia 17 de Julho, anunciou o governo regional.

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O Museu da Língua Portuguesa, localizado da cidade brasileira de São Paulo, fechado desde Dezembro de 2015, após ser atingido por um grande incêndio que destruiu as instalações, reabrirá no próximo dia 17 de Julho, anunciou o governo regional.

“O secretário de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, anunciou a abertura do Museu da Língua Portuguesa para o próximo 17 de Julho”, informou à Lusa a assessoria de comunicação do governo regional de São Paulo, responsável pelas obras de reconstrução do Museu.

A previsão de reabertura do museu no segundo semestre do ano alterou a programação anunciada pelo governo “paulista” à Lusa, em Outubro passado, quando as autoridades locais indicavam que o equipamento cultural deveria reabrir até o final do mês de Março.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Sá Leitão informou que a mudança no calendário de reabertura do museu foi provocada pela pandemia de covid-19. “A expectativa é que, com a evolução da vacinação e a contenção da pandemia, a gente esteja em Julho na fase verde ou amarela [do plano estadual criado para regular acções de combate a covid-19 no estado de São Paulo], quando já conseguiremos ter 60% de capacidade [de público], o que é mais adequado para receber a nossa demanda”, afirmou Sá Leitão.

Durante as obras de reconstrução, o governo regional de São Paulo informou que uma das novidades do novo projecto será a abertura de um mirante, na parte superior da Estação da Luz, edifício histórico que abriga o museu, onde também será instalado um café. Sá Leitão frisou ao jornal Folha que o acervo digital do museu foi reformulado em cerca de 80%, e que o local também passará a abrigar mostras temporárias, sendo a primeira delas Língua Solta, que estabelecerá uma relação entre obras de arte e a língua portuguesa.

Fechado desde Dezembro de 2015, após um grande incêndio, o Museu da Língua Portuguesa foi totalmente reconstruído com esforços combinados dos Governos de Portugal e do Brasil, e o patrocínio de instituições privadas como a EDP e a Fundação Roberto Marinho. Durante a reconstrução, o acervo do museu, que é digital e composto pelo património imaterial da língua portuguesa, continuou sendo divulgado por meio de actividades culturais e educativas na Festa Literária das Periferias (Flup), na Bienal Internacional do Livro, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) e na celebração do Dia Internacional da Língua Portuguesa, assim como através de embaixadas.

Primeiro museu totalmente dedicado a um idioma, o Museu da Língua Portuguesa recebeu cerca de quatro milhões de visitantes, em 10 anos de funcionamento (2006-15). A sua concepção celebra a língua como elemento fundador e fundamental da cultura de todos os países que adoptam o idioma de forma oficial. Assim, experiências interactivas, conteúdo audiovisual e ambientação conduziam os visitantes a um mergulho na história da língua portuguesa.