Mais de três quartos dos portugueses quer tomar vacina contra a covid-19, diz inquérito

Das mais de quatro mil pessoas abrangidas pelo inquérito em Portugal, responderam 1001. Apenas 36% dos inquiridos se declaram bem informados sobre a vacina contra a covid-19.

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Daniel Rocha

Mais de três quartos dos portugueses que participaram num inquérito internacional divulgado esta quinta-feira declaram querer ser vacinados contra a covid-19, mas menos de metade considera que há informação completa sobre o plano de vacinação.

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Mais de três quartos dos portugueses que participaram num inquérito internacional divulgado esta quinta-feira declaram querer ser vacinados contra a covid-19, mas menos de metade considera que há informação completa sobre o plano de vacinação.

Na investigação conduzida em Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, 77% dos inquiridos portugueses disponibiliza-se para ser vacinado, sendo que 50% querem tomar a vacina já. Levado a cabo a nível nacional pela DECO Proteste, o estudo indica que uma percentagem de 9% dos inquiridos declara não querer ser vacinada, enquanto 14% afirmam não ter a certeza.

A principal razão para não querer receber a vacina é o receio dos efeitos secundários, declarada por 67% dos inquiridos, enquanto 45% não confiam no processo de fabrico e 37% duvidam da eficácia.

Mais de metade das respostas em Portugal (55%) concordam com a ideia de que o Governo está a organizar a distribuição eficientemente e 50% dos inquiridos consideram que os meios mobilizados para a vacinação em Portugal são adequados. Uma grande maioria (72%) concorda com os grupos prioritários para receber vacinas definido no plano nacional.

Apenas 43% afirmam que a informação sobre o plano de vacinação é completa, enquanto 38% afirmam que o governo foi transparente em relação ao processo de compra de vacinas e 34% aplica o mesmo raciocínio em relação à indústria farmacêutica.

Apesar de maioritariamente disponível para se vacinar, metade dos inquiridos considera que o processo de desenvolvimento das vacinas foi demasiado rápido para acreditar na sua segurança. Nesse sentido, 68% dos inquiridos acham que a indústria farmacêutica deve ser legalmente responsabilizada por problemas que surjam e 55% afirmam que esta não deve lucrar com a vacinação.

No entanto, 63% ressalvam que se não fosse segura, a vacina não teria sido autorizada pela Autoridade Europeia do Medicamento.

Apenas 36% dos inquiridos se declaram bem informados sobre a vacina contra a covid-19, com 28% a admitirem estar “nada ou pouco” informados. Questionados sobre o impacto da pandemia nas suas vidas, 37% responderam que tiveram um familiar ou amigo infectado pelo novo coronavírus e 31% admitem que afectou o seu estado mental, enquanto 26% referiram que a sua situação financeira “piorou muito”.

Quanto aos outros países, 82% dos espanhóis querem ser vacinados, tal como 83% dos italianos e 68% dos belgas. Em Portugal responderam 1001 pessoas das 4015 abrangidas pelo inquérito, conduzido pela Internet entre os dias 5 e 21 de Janeiro entre pessoas com idades dos 18 aos 74 anos.