Mais de 25% das crianças até aos 12 anos retomam ensino à distância em casas em que entra água

A partir de uma leitura cruzada de vários indicadores oficiais, investigadores da Nova School of Business and Economics concluem que, num país onde grassa a privação material, o ensino à distância “só funciona para os filhos dos burgueses” .

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As condições para aprender em casa são privilégio só de algumas crianças Paulo Pimenta (arquivo)

O regresso ao ensino à distância “vai agravar ainda mais o já gigantesco fosso da desigualdade” entre as crianças portuguesas. A conclusão resulta da leitura cruzada de vários indicadores oficiais que uma equipa de investigadores da Nova School of Business and Economics, liderada pela economista Susana Peralta, reuniu num fact sheet, e que, a propósito da retoma do ensino à distância marcada para segunda-feira, traz para cima da mesa realidades como esta: 25,8% das crianças vivem em casas cujo telhado deixa entrar água ou com caixilhos de janelas ou chão apodrecidos.

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O regresso ao ensino à distância “vai agravar ainda mais o já gigantesco fosso da desigualdade” entre as crianças portuguesas. A conclusão resulta da leitura cruzada de vários indicadores oficiais que uma equipa de investigadores da Nova School of Business and Economics, liderada pela economista Susana Peralta, reuniu num fact sheet, e que, a propósito da retoma do ensino à distância marcada para segunda-feira, traz para cima da mesa realidades como esta: 25,8% das crianças vivem em casas cujo telhado deixa entrar água ou com caixilhos de janelas ou chão apodrecidos.