A Agência Espacial Portuguesa tem bolsas do tamanho do universo — e a europeia também
Até ao final do ano, a Agência Espacial Portuguesa vai atribuir 20 bolsas de doutoramento nas mais variadas áreas do sector espacial. O programa surge de um acordo com a FCT. Também a Agência Espacial Europeia abriu um programa, com oportunidades em diversos campos.
A Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space (AEP) está a lançar as bases para “um crescimento” no sector espacial português. Como? Através de um investimento nesse campo e na investigação a ele ligada, “que suporta o desenvolvimento de aplicações e serviços”, como explica Marta Gonçalves, gestora de projectos da Portugal Space e responsável por este programa. Neste caso, tudo isso se traduz no lançamento de bolsas de apoio a alunos de doutoramento. Ao longo deste ano, a agência vai lançar 20 bolsas, “distribuídas por seis calls”. O programa surge a partir de um acordo com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), entidade responsável pela contratualização dos candidatos escolhidos.
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A Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space (AEP) está a lançar as bases para “um crescimento” no sector espacial português. Como? Através de um investimento nesse campo e na investigação a ele ligada, “que suporta o desenvolvimento de aplicações e serviços”, como explica Marta Gonçalves, gestora de projectos da Portugal Space e responsável por este programa. Neste caso, tudo isso se traduz no lançamento de bolsas de apoio a alunos de doutoramento. Ao longo deste ano, a agência vai lançar 20 bolsas, “distribuídas por seis calls”. O programa surge a partir de um acordo com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), entidade responsável pela contratualização dos candidatos escolhidos.
Já é possível concorrer a duas destas oportunidades. O primeiro concurso, lê-se no site da AEP, destina-se a estudantes que pretendam desenvolver os seus projectos de doutoramento nos domínios da ciência e exploração espacial ou a sustentabilidade e utilização de recursos in-situ, envolvendo áreas como a astrobiologia ou a instrumentação científica e espacial, por exemplo. Serão atribuídas, “no máximo”, quatro bolsas. O prazo para a submissão de candidaturas foi alargado: inicialmente, terminaria a 29 de Janeiro, mas a AEP decidiu estendê-lo até ao dia 28 de Fevereiro. O concurso decorre ao abrigo do regulamento da FCT.
Como se lê no aviso de abertura do concurso, “o plano de trabalhos poderá decorrer integralmente ou de forma parcial numa instituição nacional”. A duração é, “em regra”, anual; contudo, poderá ser renovável “até ao máximo de meses solicitado em candidatura”. Em caso de bolsa mista (quanto a investigação é dividida entre uma instituição portuguesa e outra estrangeira), esse período “não pode ser superior a 24 meses”. Todos os requisitos de admissibilidade podem ser consultados no mesmo documento, bem como as condições de acesso. As candidaturas devem ser submetidas no Osip, plataforma da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês para European Space Agency).
A segunda chamada, bem como todas as que estão por vir, obedece às exigências da anterior: a submissão acontece na mesma plataforma, o apoio tem a mesma duração. Mas há, claro, algumas diferenças. Neste caso, a AEP quer “atrair ideias e projectos relacionados com investigação e desenvolvimento tecnológico para a exploração espacial”. Assim, partindo de um ponto de vista mais ligado à tecnologia e à engenharia, chamam-se os estudantes de campos como a mecânica orbital, a robótica ou a análise de sistemas e missões. Há três bolsas para atribuir e as candidaturas estão abertas até ao dia 5 de Março.
Como já foi referido anteriormente, a AEP lançará mais concursos. Marta Gonçalves indica que, para além de “continuar a promover o desenvolvimento de áreas científicas”, um dos “grandes objectivos” deste programa é fomentar “a investigação científica noutros campos, como é o caso das comunicações ópticas”, “das aplicações downstream tirando partido dos dados de base espacial e tecnologias como a inteligência artificial” ou “da segurança espacial” — alguns dos temas das próximas calls.
Também há oportunidades na ESA
A viagem espacial não fica por aqui. A Agência Espacial Europeia já abriu as candidaturas para a edição deste ano para trainees. O programa ESA YGT (Young Graduate Trainees) oferece oportunidades aos recém-formados “com mestrado” uma “oportunidade única de trabalhar em missões espaciais inspiradoras no centro das actividades espaciais europeias”, lê-se no site da agência. Há vagas nas áreas da engenharia, tecnologias da informação (IT), ciência e serviços empresariais.
Cada candidato poderá concorrer ao máximo de duas vagas; caso contrário, será eliminado do processo. As candidaturas devem ser realizadas através da plataforma criada pela ESA para este processo. Há algumas condições ao acesso: as oportunidades destinam-se a estudantes no último ano do mestrado ou àqueles que o terminaram há pouco tempo. O prazo de candidaturas fecha a 1 de Março. A partir desse mês, e até Maio, decorrerão entrevistas. Depois, em Junho, serão divulgados os resultados finais. Os seleccionados começam a sua aventura entre Setembro e Outubro.
O contrato é de um ano, mas poderá ser renovado. O salário varia entre os 2300 e os 2700 euros por mês. Quanto às viagens a realizar de ida e volta para o local do programa de trainees, a ESA compromete-se a reembolsar o custo das mesmas.