Nem a pandemia afastou hábito de superar metas do OE
A pandemia trouxe de volta os défices orçamentais. Ainda assim, numa altura em que o apoio do Estado se revela mais importante do que nunca, a gestão orçamental continua marcada pela superação das metas orçamentais ou pela utilização das cativações.
Um défice público mais alto mas abaixo do previsto, tectos da despesa longe de serem alcançados, receitas fiscais a superarem as expectativas e cativações descongeladas a ritmo lento pelas Finanças. A execução do Orçamento do Estado (OE) para 2020 manteve, mesmo com o país a enfrentar uma das maiores crise económicas da sua história, algumas das características de prudência dos últimos anos, aproveitando qualquer surpresa positiva na frente económica para limitar o agravamento dos desequilíbrios das contas públicas. Mas no actual cenário, fica a dúvida: estaremos já na altura de o Governo se preocupar com o défice?
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Um défice público mais alto mas abaixo do previsto, tectos da despesa longe de serem alcançados, receitas fiscais a superarem as expectativas e cativações descongeladas a ritmo lento pelas Finanças. A execução do Orçamento do Estado (OE) para 2020 manteve, mesmo com o país a enfrentar uma das maiores crise económicas da sua história, algumas das características de prudência dos últimos anos, aproveitando qualquer surpresa positiva na frente económica para limitar o agravamento dos desequilíbrios das contas públicas. Mas no actual cenário, fica a dúvida: estaremos já na altura de o Governo se preocupar com o défice?