Marilyn Manson: “As minhas relações íntimas têm sido sempre inteiramente consensuais”
Acusado de abusos sexuais, nomeadamente pela ex-companheira, a actriz Evan Rachel Wood, o artista viu o seu nome apagado da editora Loma Vista Recordings.
“Horríveis distorções da realidade.” Foi assim que Brian Warner, músico conhecido como Marilyn Manson, classificou as acusações que lhe foram feitas, segunda-feira à noite, por várias mulheres, nomeadamente pela ex-namorada Evan Rachel Wood.
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“Horríveis distorções da realidade.” Foi assim que Brian Warner, músico conhecido como Marilyn Manson, classificou as acusações que lhe foram feitas, segunda-feira à noite, por várias mulheres, nomeadamente pela ex-namorada Evan Rachel Wood.
“Obviamente, a minha arte e a minha vida há muito atraem controvérsia, mas estas recentes alegações sobre mim são horríveis distorções da realidade”, escreveu o cantor na sua conta de Instagram, numa publicação em que limitou a possibilidade de comentários, acrescentando que “as relações íntimas têm sido sempre inteiramente consensuais com parceiros com as mesmas convicções”.
A declaração de Marilyn Manson surge depois de ter sido acusado de violação e assédio sexual por várias mulheres. No caso da actriz norte-americana Evan Rachel Wood, a mesma escreveu que houve “abusos horríveis durante anos”. A actriz, conhecida pela participação na série Westworld, teve um relacionamento com Marilyn Manson que acabou em 2010, já com o noivado anunciado. Em 2018, durante uma audiência perante o Comité de Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes, Evan Rachel Wood referiu que tinha sido vítima de abusos físicos e psicológicos, afirmando ter sido violada várias vezes. No entanto, na altura, a identidade do seu agressor não foi revelada.
Agora, a actriz mostrou-se “farta de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem”. “Estou aqui para expor este homem perigoso e chamar a atenção para as muitas indústrias que o suportaram, antes que ele arruíne mais vidas.”
Além da Evan Rachel Wood, quatro outras mulheres publicaram relatos de abusos em que identificam Manson como o agressor: “A primeira coisa que ele me disse foi que ele me ia morder”, recorda uma das mulheres, explicando que a razão pela qual está a partilhar a “experiência traumática” é por “não acreditar que seja justo que alguém não seja responsabilizado pelas suas acções horríveis”.
Depois das acusações, o cantor de rock Marilyn Manson foi descartado pela sua editora discográfica, a Loma Vista Recordings, que, numa declaração reproduzida pela Reuters, explicou que à luz das “alegações perturbadoras” de Wood e outras mulheres, a empresa “deixará de promover o seu actual álbum com efeito imediato”. “Devido a estes desenvolvimentos, decidimos também não trabalhar com Marilyn Manson em quaisquer projectos futuros”, acrescentou a Loma Vista.
Manson lançou três álbuns através da Loma Vista Recordings desde 2015, incluindo o We Are Chaos do ano passado. A sua página oficial, entretanto, desapareceu do site da editora algumas horas após a declaração de Wood.