Mais 275 mortos e 5805 casos positivos. Mortalidade dos 30 aos 69 anos mais do que duplicou em Janeiro
Sabe-se que estão internadas 6869 pessoas com covid-19 nos hospitais portugueses, 865 dos quais em unidades de cuidados intensivos — máximos nunca antes registados desde o início da pandemia. O total de mortes mais do que duplicou ao longo do mês de Janeiro, quando comparado com o mês de Dezembro.
Portugal registou, este domingo, mais 275 mortos e 5805 casos confirmados de infecção, de acordo com os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde divulgados esta segunda-feira. É o quarto dia em que o número de novos casos decresce — no dia 28 de Janeiro foram identificados 16.432 novos casos e desde aí o número tem vindo sempre a descer.
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Portugal registou, este domingo, mais 275 mortos e 5805 casos confirmados de infecção, de acordo com os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde divulgados esta segunda-feira. É o quarto dia em que o número de novos casos decresce — no dia 28 de Janeiro foram identificados 16.432 novos casos e desde aí o número tem vindo sempre a descer.
Já os internamentos continuam a subir e encontram-se em máximos nunca antes registados desde o início da pandemia. Sabe-se que estão internadas 6869 pessoas com covid-19 nos hospitais portugueses (mais 175 pessoas do que no dia anterior), 865 dos quais em unidades de cuidados intensivos (mais sete pessoas do que no dia anterior). Nunca tinham estado internadas tantas pessoas em simultâneo desde Março.
No total, já morreram 12.757 pessoas e foram identificados 726.321 casos de infecção pelo SARS-CoV-2 (vírus que provoca a covid-19) desde o início da pandemia.
O boletim de actualização dá conta ainda de 7973 recuperados, num total de 534.384 — o que faz com que existam 179.180 casos activos em território nacional (menos 2443 do que no dia anterior). Este número é obtido depois de subtraídos os recuperados e os mortos ao número de infecções.
Lisboa regista maior número de casos e mortes
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com maior número de novos casos e mortes registadas no domingo: foram contabilizados 3370 novos casos e 149 mortes. No que toca aos novos casos de infecção, o Norte surge logo a seguir, com 1180 novos casos; o Centro conta 559 novos casos; o Alentejo, 409 e o Algarve, 205. A Região Autónoma da Madeira tem 56 novos casos e os Açores têm 26.
Quanto ao número de mortes, é o Centro a segunda região mais afectada, com 51 mortes, seguida do Norte, com 45. O Alentejo registou 21 mortes e o Algarve nove. As regiões autónomas não registaram vítimas mortais ao longo de domingo.
Número de mortes em Janeiro mais do que duplicou
O total de mortes mais do que duplicou ao longo do mês de Janeiro, quando comparado com o mês de Dezembro. No último mês de 2020 foram registados 2395 mortes associadas à covid-19; no primeiro mês de 2021 foram 5785. Ou seja, registou-se um aumento de 142%.
Quando comparado com o resto da pandemia, as mortes registadas ao longo dos 31 dias de Janeiro correspondem a um crescimento de 17%.
Fazendo uma análise mais fina e olhando para as faixas etárias, percebe-se que a mortalidade aumentou mais nas faixas etárias mais jovens: dos 30 aos 69 mais do que duplicou ao longo do primeiro mês de 2021.
- Dos 30 aos 39 registaram-se, em Janeiro, mais 18 mortos, em Dezembro tinham sido cinco, um aumento de 260%;
- Dos 40 aos 49 foram 50 (em Dezembro eram 16, ou seja, um aumento de 213%);
- Dos 50 aos 59 registaram-se, em Janeiro, 146 mortos (no mês anterior tinham sido 48, o que equivale a um aumento de 204%);
- Dos 60 aos 69 registaram-se 504; em Dezembro tinham sido 185, um crescimento de 172%.
Janeiro foi o mês com mais mortes dos últimos 12 anos — e a covid-19 foi a causa de um em cada quatro óbitos. Conforme noticiou o PÚBLICO, o SARS-CoV-2 causou mais de metade das mortes em excesso registadas ao longo do mês de Janeiro.
Sem surpresas, o número de casos positivos também duplicou, quando comparados os dois meses. Verificou-se um aumento de 154% casos positivos entre Dezembro (com 120.167) e Janeiro (com 305.692).
Os aumentos mais expressivos foram, novamente, entre os mais jovens: mas desta vez entre as crianças e adolescentes entre os zero e as 19 anos. Entre os zero e os nove anos, registou-se um aumento de 170%, na faixa etária seguinte, dos 10 aos 19, foram 172%.
A tendência manteve-se ao longo das faixas etárias mais velhas: dos 20 aos 29 registou-se um aumento de 142% de testes positivos; dos 30 aos 39 foi 152%; dos 40 aos 49, 165% e dos 60 aos 69 foi 159%. Entre as faixas etárias mais velhas, dos 70 aos 79 o aumento cifrou-se em 143% e nos maiores de 80 anos foi de 130%.