Alemanha envia 26 profissionais de Saúde para auxílio a Portugal
Governo prevê apenas apoio “simbólico”, com um número diminuto de casos de doentes transferidos.
A ministra de Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, anunciou na rede social Twitter que a Alemanha vai enviar na quarta-feira 26 profissionais de saúde das suas forças armadas para Portugal, considerando que, “nestes tempos difíceis”, é importante que os países permaneçam juntos e se ajudem mutuamente. O anúncio da ministra alemã, que diz ter falado com o seu homólogo português, João Gomes Cravinho, aconteceu ao mesmo tempo que o Governo dizia ao PÚBLICO não ter datas nem calendarização prevista para Portugal receber ajuda médica da Áustria, Luxemburgo e Alemanha.
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A ministra de Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, anunciou na rede social Twitter que a Alemanha vai enviar na quarta-feira 26 profissionais de saúde das suas forças armadas para Portugal, considerando que, “nestes tempos difíceis”, é importante que os países permaneçam juntos e se ajudem mutuamente. O anúncio da ministra alemã, que diz ter falado com o seu homólogo português, João Gomes Cravinho, aconteceu ao mesmo tempo que o Governo dizia ao PÚBLICO não ter datas nem calendarização prevista para Portugal receber ajuda médica da Áustria, Luxemburgo e Alemanha.
Além do comunicado no Twitter oficial, Annegret Kramp-Karrenbauer também usou o seu perfil pessoal para proclamar que a Alemanha estaria ao lado de Portugal na “batalha” contra a covid-19. E as forças armadas germânicas concretizaram que o seu pessoal permanecerá três semanas em Portugal.
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Ao mesmo tempo, as forças armadas alemãs anunciaram que o auxílio a Portugal se traduzirá também em 350 equipamentos, mais concretamente em 40 ventiladores móveis e dez estacionários, 150 bombas de infusão e 150 camas hospitalares. A Alemanha decidiu disponibilizar médicos e material médico a Portugal, na sequência da visita feita por uma delegação de médicos militares alemães a hospitais de Lisboa e do Porto, em coordenação com o Governo português, por oferta da chanceler, Angela Merkel, em telefonema com o primeiro-ministro, António Costa, na semana passada.
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O embaixador da Áustria em Lisboa avançou nesta segunda-feira à Lusa que Viena está a fazer um levantamento junto das várias províncias daquele país para saber quantas camas de cuidados intensivos têm disponíveis para receber doentes covid-19 de Portugal. “O Ministério da Saúde austríaco está a falar com as várias províncias para saber quantas camas e em quais hospitais essas camas estão disponíveis. Um levantamento que será feito muito rapidamente, entre hoje e amanhã [terça-feira]”, afirmou o embaixador Robert Zischg, um dia depois do chanceler austríaco, Sebastian Kurz, ter anunciado, através da rede social Twitter, que a Áustria tinha oferecido este apoio a Portugal, num sinal de “solidariedade europeia”.
O representante diplomático austríaco em Lisboa disse que Viena ainda não sabe, neste momento, quantos pacientes covid-19 poderão vir a ser transferidos de Portugal para a Áustria e quando o procedimento poderá ser levado a cabo. Robert Zischg referiu que a oferta de apoio austríaca – que só visa a transferência de doentes covid-19 que estejam em cuidados intensivos – é possível porque a pressão sobre estes serviços na Áustria desacelerou, depois de o país ter tido cerca de 700 pacientes internados neste tipo de unidades. “O nosso número de pacientes nos cuidados intensivos baixou felizmente, situa-se agora um pouco abaixo dos 300 doentes. Assim pudemos colocar [estes serviços] à disposição de Portugal, para aliviar um pouco a pressão”, prosseguiu o embaixador da Áustria em Portugal desde Janeiro de 2018.
Apesar de este procedimento implicar uma logística difícil, o representante diplomático frisou que a Áustria já tem conhecimento e experiência adquirida nesta matéria, lembrando que o país já recebeu doentes de outros países europeus, como por exemplo de França. “Já temos essa experiência. Já existe uma rotina. Após a chegada à Áustria, já existe uma rotina para o transporte e para a distribuição dos doentes para os hospitais especializados. E depois já nos hospitais são accionados os procedimentos normais”, referiu.
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E concluiu: “A nossa intenção é aliviar a pressão. É um problema europeu. E, neste momento, a Áustria está numa situação um pouco mais aliviada, depois de seis semanas de confinamento total e temos camas disponíveis para oferecer”.
O anúncio feito no domingo por Sebastian Kurz foi divulgado depois de o chanceler austríaco ter mantido uma conversa telefónica com o primeiro-ministro português, António Costa. “A pandemia da covid-19 representa enormes desafios para todos os países europeus. É uma exigência de solidariedade europeia ajudar rapidamente e sem burocracia para salvar vidas”, escreveu, no domingo, Sebastian Kurz no Twitter.
Esta segunda-feira foi igualmente conhecido que o Governo espanhol se ofereceu para ajudar Portugal a lutar contra a falta de meios hospitalares no contexto da pandemia de covid-19. “Houve uma oferta de apoio por parte das autoridades espanholas”, disse à Lusa o embaixador de Portugal em Madrid, João Mira Gomes, acrescentando que agora estão a ser avaliadas, a um nível técnico, as “modalidades desse apoio”.
Esta ajuda internacional, que deverá ser aceite pelo Governo português, é, contudo, descrita como solidária, mas simbólica, uma vez que deverá representar um número diminuto de casos de doentes transferidos, explicou ao PÚBLICO um responsável governamental.