Museus da Chapelaria e do Calçado lançam visitas virtuais gratuitas
O visitante virtual pode optar entre três formatos de visualização dos museus: a visita em registo casa de bonecas, a de estilo maqueta arquitectónica ou a disponível com plantas piso a piso. Além disso, pode seleccionar a ordem de apresentação dos conteúdos.
Os museus da Chapelaria e do Calçado, ambos em São João da Madeira, lançaram nesta segunda-feira visitas virtuais gratuitas que apresentam esses equipamentos do distrito de Aveiro através da Internet, em formato interactivo, a três dimensões e 360 graus. Segundo o presidente da câmara municipal, Jorge Sequeira, essa nova oferta tecnológica já estava a ser preparada antes da pandemia de covid-19, para que as colecções dos dois museus pudessem ser conhecidas “a partir de qualquer parte do mundo”, mas torna-se agora ainda “mais decisiva”, dado o contexto de confinamento geral e as restrições à mobilidade e ao funcionamento de espaços públicos.
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Os museus da Chapelaria e do Calçado, ambos em São João da Madeira, lançaram nesta segunda-feira visitas virtuais gratuitas que apresentam esses equipamentos do distrito de Aveiro através da Internet, em formato interactivo, a três dimensões e 360 graus. Segundo o presidente da câmara municipal, Jorge Sequeira, essa nova oferta tecnológica já estava a ser preparada antes da pandemia de covid-19, para que as colecções dos dois museus pudessem ser conhecidas “a partir de qualquer parte do mundo”, mas torna-se agora ainda “mais decisiva”, dado o contexto de confinamento geral e as restrições à mobilidade e ao funcionamento de espaços públicos.
Em 2019, o Museu da Chapelaria tinha recebido cerca de 19.000 visitantes presenciais e o do Calçado 10.000; já no final de 2020, a bilheteira do primeiro registou apenas 3900 entradas e a do segundo 3300. Jorge Sequeira espera que as visitas virtuais contribuam para inverter esse cenário de quebra e reforcem o papel dos dois museus como “âncora do projecto de turismo industrial” que o município vem dinamizando há nove anos, com recursos a equipamentos culturais, centros tecnológicos e unidades industriais do concelho.
A directora dos museus da Chapelaria e do Calçado, Joana Galhano, realça, contudo, que o formato virtual “de modo algum substitui a visita presencial”: funciona apenas como “um complemento que permite a preparação prévia do que poderá ser a experiência in loco”, com tudo o que essa envolve de descoberta da colecção e de participação em actividades do serviço educativo.
Certo é que, a partir de casa e a qualquer hora do dia, o visitante virtual pode optar entre três formatos de visualização dos museus — a visita em registo casa de bonecas, a de estilo maqueta arquitectónica ou a disponível com plantas piso a piso —; e seleccionar a ordem de apresentação dos respectivos conteúdos – de acordo com o menu definido por cada museu ou saltando directamente para os tópicos que lhe suscitem maior interesse.
Ao longo dos percursos estarão identificados os pontos que dão acesso a conteúdos detalhados e o visitante pode explorar os que preferir, aprofundando aspectos como os relativos a “marcas e fabricantes”, às funções da máquina “bastissosa”, ao “ofício de sapateiro”, às etapas de “acabamento”, aos testemunhos de ex-operários, entre outros.
Por enquanto, essas duas visitas através da Internet ainda só estão disponíveis em língua portuguesa, mas Joana Galhano adianta que está a ser preparada igualmente uma versão em inglês. Estão ainda a ser criados outros conteúdos sobre as exposições permanentes e temporárias de ambos os museus, para que a experiência virtual não se mantenha estática e possa regularmente exibir níveis de informação novos.
Por computador, tablet ou telemóvel, a directora dos museus da Chapelaria e do Calçado acredita, por isso, que as ferramentas lançadas vão potenciar a ligação de novos públicos aos dois equipamentos que preservam a memória e o património das duas indústrias mais emblemáticas de São João da Madeira. Defende, aliás, que isso é “absolutamente essencial” no presente contexto epidemiológico, tendo em conta o crescente afastamento físico de “públicos tradicionais como as escolas e as instituições da área social”.