Moçambique no cinema, ou um momento de idealismo
No seu livro de 2020, Cinemas of the Mozambican Revolution – Anti-Colonialism, Independence and Internationalism in Filmmaking 1968-1991, a investigadora britânica Ros Gray debruça-se sobre a produção activista de um país em convulsão. Um caso exemplar, diz, do “potencial transformador” do cinema.
Como é que uma professora inglesa de Belas Artes se interessa pelo cinema moçambicano dos anos da Guerra Colonial e da independência – um cinema que transporta consigo o aroma problemático das convulsões políticas da Guerra Fria, dos processos de luta armada contra o colonizador, e dos altos e baixos da descolonização, um cinema que ficou, em muitos casos, marcado indelevelmente como político, activista, de “propaganda”?
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Como é que uma professora inglesa de Belas Artes se interessa pelo cinema moçambicano dos anos da Guerra Colonial e da independência – um cinema que transporta consigo o aroma problemático das convulsões políticas da Guerra Fria, dos processos de luta armada contra o colonizador, e dos altos e baixos da descolonização, um cinema que ficou, em muitos casos, marcado indelevelmente como político, activista, de “propaganda”?