Ventura submete-se a nova votação dos militantes do Chega na terceira semana de Fevereiro
Líder do Chega tinha prometido que se demitia se nas eleições presidenciais de 24 de Janeiro tivesse menos votação do que a candidata Ana Gomes. Na noite eleitoral anunciou que iria deixar os militantes do partido avaliarem se querem continuar a ter o seu projecto à frente do Chega.
O presidente demissionário do Chega, André Ventura, vai voltar a submeter-se ao voto dos militantes do partido da extrema-direita parlamentar em eleições directas na terceira semana de Fevereiro, disse à Lusa fonte oficial daquela força partidária.
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O presidente demissionário do Chega, André Ventura, vai voltar a submeter-se ao voto dos militantes do partido da extrema-direita parlamentar em eleições directas na terceira semana de Fevereiro, disse à Lusa fonte oficial daquela força partidária.
André Ventura formalizou na sexta-feira, em reunião da direcção nacional, o seu pedido de demissão, como prometera, em virtude de ter ficado na terceira posição nas eleições presidenciais de domingo, atrás da antiga eurodeputada do PS Ana Gomes e do Presidente reeleito.
Será o segundo plebiscito interno consecutivo do deputado único nacional-populista, que foi reeleito em Setembro de 2020 com 99% dos votos. Ventura tinha-se demitido em Abril de 2020 na sequência de críticas internas pela votação no Parlamento sobre o decreto de estado de emergência.
Na sexta-feira, no encontro da cúpula do Chega, em que estiveram presentes 12 dos 13 membros, o vice-presidente Nuno Afonso apresentou uma moção de confiança ao líder pelo “excelente” desempenho na corrida ao Palácio de Belém, a qual foi aprovada só com um voto contra.
“As directas deverão decorrer em todos os distritos do país, na terceira semana de Fevereiro e o novo congresso para eleger a direcção nacional apenas deverá ocorrer após a cessação do estado de emergência”, precisou a mesma fonte, adiantando que ainda está por definir o local da futura III Convenção Nacional do Chega.
Ventura, eleito pela primeira vez em 30 de Junho de 2019, na I Convenção Nacional, em Algés (Lisboa), foi consagrado entre 19 e 20 de Setembro de 2020, em Évora, na II reunião magna do partido, mas só à terceira votação, cinco horas depois do previsto, a lista de nomes que apresentou para a direcção nacional foi aprovada pelos militantes.