Morreu Arnaldo Garcia, líder da distribuidora Garcias
O presidente de uma das maiores distribuidoras de vinhos e bebidas espirituosas de Portugal é recordado por Pedro Garcias.
Morreu Arnaldo Garcia, o presidente e proprietário maioritário da Garcias S.A, uma das maiores distribuidoras de vinhos e bebidas espirituosas do país, com 300 funcionários e uma facturação anual próxima dos 80 milhões de euros. O empresário, de 58 anos, sofreu esta madrugada um ataque cardíaco fulminante.
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Morreu Arnaldo Garcia, o presidente e proprietário maioritário da Garcias S.A, uma das maiores distribuidoras de vinhos e bebidas espirituosas do país, com 300 funcionários e uma facturação anual próxima dos 80 milhões de euros. O empresário, de 58 anos, sofreu esta madrugada um ataque cardíaco fulminante.
Era o meu distribuidor, pelo que não devia ser eu a escrever este epitáfio. Mas faço-o porque Arnaldo Garcia era mais do que o meu distribuidor. Era um amigo, um amigo que adoptou desde o primeiro dia o meu vinho como fosse seu. Um caso de pura empatia, vá-se lá saber porquê. Juntou-nos o nome, embora nenhum laço de sangue nos una.
Arnaldo Garcia era um trabalhador incansável e um gestor exigente e sedutor, duro a negociar mas bastante empático e sempre disponível para acudir a qualquer necessidade.
A empresa que fundou com o pai, João Garcia, em 1981, no Prior Velho, em Sacavém, tem no seu portefólio cerca de 12 mil produtos e é a representante em Portugal de vinhos icónicos como o francês Petrus ou o espanhol Vega Sicília, comercializando também alguns dos mais exclusivos uísques do mundo, de que Arnaldo Garcias era um grande conhecedor e coleccionador.
Apesar da sua longa ligação ao vinho, Arnaldo Garcia resistiu sempre a produzir o seu próprio vinho. A distribuição foi sempre o seu foco, a par dos investimentos imobiliários.
Apesar da crise criada pela actual pandemia, Arnaldo Garcia tinha planos para fazer crescer ainda mais a empresa, com a abertura de novos cash and carry.
A gestão da Garcias S.A será agora assumida pelos dois filhos, Filipa e João, que já trabalhavam na empresa.
Até sempre, Sr. Arnaldo.