Farouk Zouhir: as primeiras eleições na Tunísia “foram uma experiência colectiva impressionante”
Farouk Zouhir estudou fora da Tunísia entre 2003 e 2010, mas voltou a tempo de viver a revolução de Janeiro de 2011. Aos 35 anos, o empresário acredita que os tunisinos estão “a construir progressivamente uma democracia”.
Tínhamos segurança, um ambiente estável. Eu tinha uma vida confortável. Mas sentíamos que não éramos livres, que havia muita arbitrariedade e que um clã começava realmente a assumir o controlo da economia, o clã Trabelsi [da mulher de Ben Ali, Leila Trabelsi]. A partir de 2007, 2008, começámos a sentir cada vez mais a opressão. Com os protestos na bacia mineira [de Gafsa], em 2008, confirmámos que a injustiça era sentida por muita gente.
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Tínhamos segurança, um ambiente estável. Eu tinha uma vida confortável. Mas sentíamos que não éramos livres, que havia muita arbitrariedade e que um clã começava realmente a assumir o controlo da economia, o clã Trabelsi [da mulher de Ben Ali, Leila Trabelsi]. A partir de 2007, 2008, começámos a sentir cada vez mais a opressão. Com os protestos na bacia mineira [de Gafsa], em 2008, confirmámos que a injustiça era sentida por muita gente.