INEM vacinou contra a covid-19 profissionais sem prioridade

Directores e administradores estão entre os vacinados. Fonte da instituição esclarece que foram extraídas seis doses por frasco e que todos os profissionais prioritários foram inoculados.

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O INEM usou seis doses por frasco Nuno Ferreira Santos

O INEM vacinou profissionais com menor exposição ao vírus, depois de receber 1174 doses da vacina contra a covid-19. A notícia foi avançada pela TVI24 – que adiantou que directores, assessores, administradores e informáticos também tinham recebido a vacina – e confirmada pelo PÚBLICO junto de fonte oficial do INEM.

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O INEM vacinou profissionais com menor exposição ao vírus, depois de receber 1174 doses da vacina contra a covid-19. A notícia foi avançada pela TVI24 – que adiantou que directores, assessores, administradores e informáticos também tinham recebido a vacina – e confirmada pelo PÚBLICO junto de fonte oficial do INEM.

A mesma fonte explicou que sobraram doses da primeira operação de vacinação, que se destinou aos profissionais que têm maior risco de contágio pelo exercício das suas funções. O PÚBLICO apurou ainda que foram utilizadas seis doses por cada frasco, prática aprovada pela Agência Europeia do Medicamento para as vacinas da Pfizer, algo que permite estender o número de pessoas vacinadas.

“Temos profissionais espalhados por todo o país que tiveram de se deslocar aos postos de vacinação que criámos para esse efeito. O processo de descompilação da vacina é contínuo: as doses são preparadas e têm de ser administradas expeditamente. Essa sexta dose não podia ser inutilizada e foi isso que fizemos. Aproveitamo-la em profissionais do INEM, outros que não os prioritários”, explica fonte oficial da instituição, garantindo que todos os membros prioritários que desejaram receber a vacina foram inoculados com a primeira dose.

Ao final da noite, o PÚBLICO recebeu um comunicado oficial desta instituição sobre o tema, onde foi explicado que foram criados quatro centros de vacinação para os profissionais do INEM, sendo que apenas foram solicitadas vacinas para o pessoal prioritário. O INEM nega "todas e quaisquer acusações de favorecimento pessoal neste processo”.

“Iniciado o processo de vacinação, foram identificados profissionais prioritários que não preenchiam os critérios para poderem receber a primeira dose da vacina, de acordo com as indicações de segurança do fabricante (Pfizer), nomeadamente por apresentarem contra-indicações, com diagnóstico ou presença de sintomas indicadores de covid-19, ou que tinham estado doentes com covid-19 há menos de 90 dias”, explica o INEM no comunicado.

A instituição confirma que, aliado ao facto de existirem profissionais que não iriam receber a vacina por não cumprirem os requisitos do fabricante, estavam a ser usadas seis doses por frasco, com as pessoas que dão suporte à actividade de emergência médica a receberem também a vacina. O INEM faz questão de vincar que estas vacinas não podiam ser administradas a pessoas externas à insituição, bem como em ambientes externos aos dos postos de vacinação montados para o efeito. 

O INEM recebeu 1174 primeiras doses da vacina da Pfizer e começou a vacinação contra a covid-19 no dia 4 de Janeiro. Com esta estratégia de vacinar seis pessoas com cada frasco, foram administradas mais 92 pessoas do que o esperado, finaliza a instituição.