GNR auxiliou cerca de mil migrantes em 2020 no âmbito da missão FRONTEX

O balanço anual da GNR revela a assistência a mais de mil migrantes, o resgate de 473, e o impedimento de 13 entradas ilegais em Portugal, em 2020. Começa esta quarta-feira o ano operacional de 2021, que já prevê 16 operações e 30 militares da Guarda mobilizados na Grécia.

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Começa esta quarta-feira o ano operacional corrente, tendo já sido destacados 30 militares da Guarda para integrar a Operação Poseidon Sea 2021 na Grécia Lusa/ José Sena Goulão/ Arquivo

Cerca de mil migrantes foram auxiliados no ano passado pela Guarda Nacional Republicana (GNR), dos quais 473 foram resgatados de seis embarcações interceptadas, em operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira (FRONTEX).

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Cerca de mil migrantes foram auxiliados no ano passado pela Guarda Nacional Republicana (GNR), dos quais 473 foram resgatados de seis embarcações interceptadas, em operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira (FRONTEX).

Esta quarta-feira, em comunicado, a GNR adianta que durante o ano de 2020 controlou cerca de 7100 pessoas, tendo sido impedidas 13 entradas ilegais no espaço Schengen.

No âmbito da missão Frontex, a GNR realizou no ano passado 1382 patrulhas, empenhou mais de 10.500 horas e percorreu cerca de 89 mil quilómetros (em terra) e 9200 milhas náuticas (no mar) percorridos, de acordo com o balanço da guarda.

Entre 2007 e até 2020, a GNR empenhou mais de 800 militares em diversas operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira que “visaram prevenir, detectar e reprimir casos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e outros crimes fronteiriços, contribuindo, fundamentalmente, para a salvaguarda de vidas humanas”.

Segundo a nota, só no ano de 2020, provenientes de diversas valências policiais, foram destacados 114 militares da Guarda por toda a Europa, entre os quais 18 peritos designados como seconded Team Members (sTM), em países como a Bulgária, Croácia, Espanha, Grécia, Hungria, Itália e Polónia, que desempenharam inúmeras missões e tarefas na FRONTEX.

Entre as missões e tarefas destacam-se a vigilância da fronteira externa da União Europeia e operações de busca e salvamento.

Foi efectuada vigilância marítima e operações de busca e salvamento, com a utilização de embarcações, vigilância terrestre e apoio ao controlo das fronteiras, através de binómios cinotécnicos e de patrulhamento com recurso a veículos todo-o-terreno, dotados de câmaras de visão térmica (Thermo Vision Vehicle, em inglês) e de sistemas de vigilância e detecção através de radar e de câmaras diurnas e nocturnas, de alta resolução e alcance (Posto de Observação Móvel).

As missões visaram também a “detecção de crimes graves com dimensão transfronteiriça, incluindo tráfico de migrantes, tráfico de seres humanos e terrorismo, e investigação criminal, através de diversos militares, com formação na área, desempenhando tarefas de tratamento de dados pessoais, para efeitos de registo e asilo de migrantes, verificação e controlo de viaturas suspeitas em zonas de fronteira e processamento de informação policial e criminal”.

A GNR adianta também que esta quarta-feira inicia-se o ano operacional de 2021, encontrando-se previstas 16 operações FRONTEX com missões e tarefas distintas, tendo já sido destacados 30 militares da Guarda para integrar a Operação Poseidon Sea 2021 na Grécia para iniciar funções.

A GNR lembra ainda que a participação da Guarda em operações deste tipo no presente ano merece um especial destaque, tendo em conta que Portugal assumiu, pela quarta vez, a Presidência Portuguesa da União Europeia (PPUE).