Cinco anos depois das cheias, Coimbra deve reabrir bares do Parque Verde

Estabelecimentos foram reformulados para se defenderem da subida das águas do Mondego, com a construção de um piso superior. Há um espaço que continua sem interessados.

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Adriano Miranda

Os bares do Parque Verde, em Coimbra, deverão reabrir portas até ao Verão. O anúncio foi feito pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC), nesta terça-feira, num comunicado em que dá conta de que assinou com três empresas os contratos de concessão dos espaços. Ainda assim, das cinco fracções que foram inicialmente levadas a concurso, uma permanece sem interessados.

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Os bares do Parque Verde, em Coimbra, deverão reabrir portas até ao Verão. O anúncio foi feito pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC), nesta terça-feira, num comunicado em que dá conta de que assinou com três empresas os contratos de concessão dos espaços. Ainda assim, das cinco fracções que foram inicialmente levadas a concurso, uma permanece sem interessados.

Depois de uma empreitada de requalificação que sofreu vários atrasos, a autarquia chegou a acordo para a concessão dos espaços, com rendas que variam entre os 1250 e os 2500 euros.

Com restaurantes e bares encerrados a nível nacional por conta das medidas de combate à pandemia, a autarquia de Coimbra anuncia a aberturas dos espaços “antes do Verão deste ano”. O novo anúncio – a autarquia já tinha manifestado a intenção de abrir os bares até 2019 e, depois, até 2020 – acontece cinco anos depois de os estabelecimentos terem sido danificados pela subida das águas do Mondego, no início de 2016.

Esta pode ser a resolução de um problema que se arrasta praticamente desde que o Parque Verde do Mondego, que foi desenhado no âmbito do Programa Polis, foi implantado na margem direita do Mondego. O edifício que aloja os bares – conhecido em Coimbra como docas - foi construído em leito de cheia e foi, por várias vezes, inundado pelas águas do rio.

Depois de o Mondego ter invadido o edifício por duas vezes no início de 2016, a autarquia encomendou ao atelier de Mercês Vieira e Camilo Cortesão, autores do projecto original, uma solução para contornar o problema das cheias. A opção, que custou um milhão de euros mais IVA ao município, passou por acrescentar um piso, onde ficarão instaladas as áreas técnicas, para permitir que os estabelecimentos não tenham danos de maior quando a água voltar a subir.

Com a empreitada concluída, a autarquia firmou agora a concessão dos espaços. Se a fracção A vai continuar vazia, as frações C e D vão receber a empresa Rive Droite, que tinha a funcionar um restaurante no Parque Manuel Braga, mesmo ao lado. Acontece que está a decorrer uma intervenção de requalificação do espaço verde, que prevê a retirada desse estabelecimento. Assim, o espaço passa para as “docas”, pagando um renda mensal de 2000 euros. A fracção D, ocupada pela Renasceia, vai pagar uma renda de 2500 na época alta e 1250 nos meses da época baixa. Já a Sabores à Maneira, vai suportar uma renda de 1550 para ter uma gelataria na fracção E.