Quatro grandes incógnitas da noite eleitoral e uma pequena

As dúvidas que não vão sobreviver à noite eleitoral e 24 de Janeiro de 2021.

Foto

Todas as eleições têm as suas incógnitas. Escolhermos cinco para as presidenciais de 2021. No decurso da noite, dar-lhe-emos as respostas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Todas as eleições têm as suas incógnitas. Escolhermos cinco para as presidenciais de 2021. No decurso da noite, dar-lhe-emos as respostas.

Qual será a taxa de abstenção?

Este ano há algumas novidades, face a 2016, para baralhar as contas: há mais eleitores recenseados no estrangeiro por causa do efeito que a renovação do cartão de cidadão tem nos cadernos eleitorais; houve quase duzentas mil pessoas que votaram antecipadamente e em mobilidade (uma hipótese que não existia em 2016); e há a pandemia. Às 12h, a afluência tinha sido superior à de anos anteriores (17,07%) e era preciso recuar a 2006 para encontrar um nível de participação matinal mais elevado (19,32%).

Há ou não segunda volta?

Mais do que quem ganha as eleições, ou se o vencedor bate algum recorde relativamente a actos eleitorais anteriores, a grande incógnita da noite é saber se há ou não segunda volta. Para que as eleições se resolvam já, é preciso o preferido dos portugueses obtenha 50% dos votos expressos mais um. Caso isso não aconteça, a segunda volta realiza-se a 14 de Fevereiro.

Quem fica em segundo?

Diz-se que o segundo é o primeiro dos últimos, mas no caso das eleições presidenciais, há uma razão para a resposta a esta questão ser importante: é que, caso haja segunda volta, é o segundo “classificado” que a disputa com o primeiro e pode haver surpresas. Em 1986, depois de ficar atrás de Freitas do Amaral na primeira ronda, Mário Soares venceu as eleições. Neste caso, o efeito “segundo lugar” pode ter outras implicações no futuro dos partidos da direita e até do centro.

Que votação têm os candidatos da esquerda?

Há cinco anos, Sampaio da Nóvoa (22,88%), Marisa Matias (10,12%), Maria de Belém (4,24%) e Edgar Silva (3,95) ultrapassaram 41% dos votos expressos. Desta vez, as sondagens são mais penalizadoras para os três candidatos deste espaço político, desde logo porque, ao contrário do que aconteceu em 2016, o eleitorado PS não se dividiu entre dois candidatos de esquerda. Quem ficará à frente de quem é outra incógnita.

O último lugar fica para…

É menos relevante, mas é outra dúvida da noite: qual dos sete candidatos ficará em último lugar? E quantos portugueses votarão nele? As sondagens mostram grande proximidade entre os que estão no fim da tabela (nos estudos de opinião), inferior às margens de erro. Contudo, os seus nomes só começaram a ser testados muito em cima do acto eleitoral.