Mercearia Pérola do Arsenal: a mais africana das antigas mercearias lisboetas

Numa Lisboa sem turistas, o que vale à Pérola do Arsenal é a fiel clientela de origem africana, que aqui procura farinhas, peixe seco e outros ingredientes difíceis de encontrar na cidade.

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A sólida mesa de tampo de mármore que tem na extremidade o facalhão para cortar o bacalhau está aqui desde a fundação da casa, em 1952. Rui Bértolo, o funcionário que nos recebe, está há bastante menos tempo, mesmo assim já lá vão 23 anos desde o dia em que chegou para começar a trabalhar e durante várias semanas não fez mais nada senão carregar às costas sacas de farinhas e feijões, para repor a mercadoria que se vendia que nem pãezinhos quentes. Se não conhecia muitos daqueles produtos, nessa altura ficou a conhecê-los bem – nem que fosse pelo peso.

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A sólida mesa de tampo de mármore que tem na extremidade o facalhão para cortar o bacalhau está aqui desde a fundação da casa, em 1952. Rui Bértolo, o funcionário que nos recebe, está há bastante menos tempo, mesmo assim já lá vão 23 anos desde o dia em que chegou para começar a trabalhar e durante várias semanas não fez mais nada senão carregar às costas sacas de farinhas e feijões, para repor a mercadoria que se vendia que nem pãezinhos quentes. Se não conhecia muitos daqueles produtos, nessa altura ficou a conhecê-los bem – nem que fosse pelo peso.