Itália bloqueia TikTok após morte por asfixia de menina de dez anos em desafio

Criança morreu em Palermo depois de participar no Blackout Challenge, que consiste em estar o maior tempo possível sem respirar.

Foto
TikTok Solen Feyissa

A rede social TikTok foi bloqueada esta sexta-feira temporariamente em Itália, para utilizadores cuja idade não está confirmada, na sequência da morte de uma menina de dez anos que participava num desafio naquela plataforma.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A rede social TikTok foi bloqueada esta sexta-feira temporariamente em Itália, para utilizadores cuja idade não está confirmada, na sequência da morte de uma menina de dez anos que participava num desafio naquela plataforma.

A Autoridade para a Protecção de Dados Pessoas anunciou, em comunicado, a determinação de “bloquear a rede social chinesa” com efeitos imediatos até 15 de Fevereiro, altura em que se estima que o TikTok já tenha correspondido às obrigações do regulador italiano.

Em concreto, a rede social está proibida de utilizar “os dados de utilizadores cuja idade não foi determinada com uma segurança absoluta”, detalhou aquela autoridade, citada pela agência AFP.

A decisão surgiu poucas horas após ter sido revelada a morte de uma menina de dez anos, em Palermo, no sul da Sicília, por asfixia enquanto participava no desafio ‘jogo do lenço na cabeça’ [Blackout Challenge, em inglês], que consiste em estar o maior tempo possível sem respirar, e se filmava com o próprio telemóvel para o Tik Tok.

O registo desta criança na rede social, que é muito popular entre adolescentes, “não foi recusado pela empresa” apesar da idade, que era inferir ao mínimo de 13 anos previsto pelo TikTok, sublinhou ainda.

A autoridade de protecção de dados instaurou um processo contra a rede social em Dezembro de 2019, criticando a “falta de atenção à protecção de menores, a facilidade de contornar a proibição de registo de menores e a falta de transparência e clareza nas informações fornecidas aos usuários, bem como configurações predefinidas que não respeitam a privacidade”.