No próximo domingo, se cumprirem a lei, não vão votar dezenas de milhar de portugueses infetados com covid-19 ou em isolamento, que assim perderam o direito ao voto por estarem doentes — e por se ter decidido manter uma data de uma eleição presidencial em pleno pico de uma pandemia. Pelas contas que tenho visto, podem ser cerca de duzentos mil os eleitores a quem o direito de voto é assim negado, a que se deve acrescentar os muitos emigrantes que também não tiveram possibilidades, na prática, de exercer o seu direito cívico. Aqueles que decidirem votar, violando a lei, porão em risco a vida de terceiros.
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No próximo domingo, se cumprirem a lei, não vão votar dezenas de milhar de portugueses infetados com covid-19 ou em isolamento, que assim perderam o direito ao voto por estarem doentes — e por se ter decidido manter uma data de uma eleição presidencial em pleno pico de uma pandemia. Pelas contas que tenho visto, podem ser cerca de duzentos mil os eleitores a quem o direito de voto é assim negado, a que se deve acrescentar os muitos emigrantes que também não tiveram possibilidades, na prática, de exercer o seu direito cívico. Aqueles que decidirem votar, violando a lei, porão em risco a vida de terceiros.