Rúben Amorim: “Quero ganhar pelos meus jogadores”
Treinador do Sporting admitiu que há um ano estava no início de carreira e por isso queria muito a Taça da Liga, mas agora está mais preocupado com os jovens “leões”.
Rúben Amorim, treinador do Sporting, confia na “estrela” que o tem acompanhado na carreira para repetir a conquista da última edição da Taça da Liga - então ao serviço do Sp. Braga -, dizendo-se mais preocupado pelo impacto e significado que uma vitória na final deste sábado (19h45), em Leiria, poderá ter para uma equipa jovem como a dos “leões”.
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Rúben Amorim, treinador do Sporting, confia na “estrela” que o tem acompanhado na carreira para repetir a conquista da última edição da Taça da Liga - então ao serviço do Sp. Braga -, dizendo-se mais preocupado pelo impacto e significado que uma vitória na final deste sábado (19h45), em Leiria, poderá ter para uma equipa jovem como a dos “leões”.
Amorim assumiu, de resto, a maior experiência de um adversário que, sem deixar de considerar um grande clube, defronta um dos três “grandes” de Portugal, o que, por inerência, deveria traduzir-se em maior tarimba, vantagem que o técnico sportinguista atribui aos minhotos.
“São duas equipas que hoje se conhecem melhor, porque já se defrontaram”, começou por declarar, sem ignorar as alterações pontuais motivadas pela covid-19, por lesões, castigos ou até fadiga. Por isso, evitou generalizar.
“Cada jogo tem a sua história. Um golo no início pode mudar tudo”, sublinhou, para um pouco mais adiante recuperar a questão e lembrar que até nem foi esse o caso na meia-final com o FC Porto, em que os “dragões" se adiantaram nos minutos finais, embora o Sporting tenha dado a volta ao resultado.
"Prejudicados foram os jogadores"
O que não deverá repetir-se, embora Rúben Amorim prefira esperar pela hora do jogo, é a exclusão de Nuno Mendes e Sporar, dois casos de falsos positivos a covid-19, entretanto reconhecidos pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), que fizeram estalar a polémica, afastando os jogadores do embate com os “azuis e brancos”.
“Quando estiverem perfilados para jogar é que teremos a certeza”, avançou o técnico, remetendo a questão para os responsáveis do Sporting e deixando ainda uma opinião inequívoca sobre o caso.
“Os grandes prejudicados foram os jogadores, que não puderam jogar. Claro que a equipa ficou mais fraca, como fica sempre que perde um elemento, seja jogador ou do staff”, notou, desvalorizando o papel do Sp. Braga nesta discussão.
“O Sp. Braga estava interessado em defender a verdade desportiva. Os factos comprovam que estávamos certos e que estávamos a defender os nossos jogadores, porque estão bem e isso provou-se”.
Já mais centrado na final e na capacidade que o Sporting tem revelado para resolver alguns encontros em momentos críticos, Rúben Amorim creditou essa capacidade de manter o foco aos jogadores.
“É mérito dos jogadores, que acreditam até ao último momento. Até apitar é jogo. Se dependesse da equipa técnica, marcávamos no primeiro minuto, no segundo e no terceiro e despachávamos as coisas”.
"No Sporting, a pressão é diferente"
O treinador do Sporting relativizou ainda a importância de tornar-se no primeiro a conquistar o troféu em anos consecutivos ao serviço de clubes diferentes, preferindo uma vitória em nome dos jogadores.
“É sempre muito importante conquistar um troféu. Mas são momentos diferentes. Há um ano estava a começar e vencer o título era importante para a minha carreira. Admito que estava um pouco preocupado em função disso. Agora, no Sporting a pressão é diferente. O momento também. Até porque, normalmente, numa final, uma equipa ‘grande’ tem sempre a experiência do seu lado. Neste caso, temos uma equipa muito jovem, com a ambição para ganhar. Mas o Braga - que também é um grande clube - é que possui essa experiência. Por isso, estou mais preocupado pelos meus jogadores. Há um ano estava um pouco preocupado comigo. Agora estou a pensar neles, quero que eles ganhem”.
Para isso, Rúben Amorim foca-se no que pode controlar, o que significa perguntar-se a si mesmo “o que é o que podemos fazer para jogar melhor”, e esquecer questões como arbitragem. “Temos que jogar melhor, ganhar e trazer a taça para Alvalade”, concluiu, consciente dos problemas que o Sp. Braga colocará, independentemente de conhecer como poucos o adversário.
“Espero um Braga muito forte. Conheço bem o plantel, uma equipa que entende bem os momentos do jogo. Vamos tentar desequilibrar, criar espaços e oportunidades, como o Braga vai tentar fazer em relação a nós”, rematou.