António Zambujo gravou dueto com Gal Costa para álbum dos 75 anos da cantora

Com o nome provisório Gal75, o álbum inclui dez duetos de regravações de temas da cantora, vindos dos mais de 50 anos de carreira. Zambujo gravou com ela Pois é. Disco anunciado para sair a 12 de Fevereiro.

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O músico português António Zambujo gravou um dueto com a brasileira Gal Costa, que irá fazer parte de um álbum que assinala os 75 anos da cantora, a ser editado em Fevereiro.

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O músico português António Zambujo gravou um dueto com a brasileira Gal Costa, que irá fazer parte de um álbum que assinala os 75 anos da cantora, a ser editado em Fevereiro.

A nova versão de Pois é, tema com composição de Tom Jobim e Chico Buarque, gravado originalmente por Gal Costa no álbum Água Viva (1978), foi partilhada esta sexta-feira nas contas oficiais de António Zambujo, nas redes sociais Facebook e Instagram. A acompanhar a partilha, o músico escreveu que “cantar com a Gal é cantar com uma lenda”. Para o intérprete português, este dueto é “um sonho tornado realidade, cantando uma música de Tom e Chico”. “Melhor é impossível”, acrescentou. 

Com o nome provisório Gal75, o álbum inclui dez duetos de regravações de temas da cantora, vindos dos mais de 50 anos de carreira. Além de Pois é, foi agora também divulgada a nova versão de Só Louco, tema composto por Dorival Caymmi, que Gal gravou originalmente em Gal canta Caymmi (1976). Para fazer dueto com ela em Só Louco, Gal Costa escolheu o cantor brasileiro Silva.

Em Novembro, tinham sido divulgados os duetos com Rodrigo Amarante, Avarandado, e Zeca Veloso, Nenhuma Dor. Os dois temas fazem parte de Domingo (1967), o primeiro álbum que Gal Costa gravou com Caetano Veloso. Por divulgar estão ainda os duetos com os cantores brasileiros Criolo, Rubel, Seu Jorge, Tim Bernardes e Zé Ibarra, e com o uruguaio Jorge Drexler.

De acordo com a Globo, o álbum comemorativo do 75.º aniversário de Gal Costa, idealizado pelo produtor Marcus Preto, será editado em 12 de Fevereiro.

Gal Costa celebrou 50 anos de carreira em 2017 e, na ocasião, em declarações à Lusa, afirmou que se considerava “uma cantora muito emblemática” antes de explicar: “Comecei influenciada pela Bossa Nova, mas eu ouvi toda a geração anterior a mim, pois cantei ainda antes de falar”, referindo em seguida o movimento Tropicalismo com o qual se comprometeu. “A minha carreira tem uma riqueza de detalhes e uma riqueza musical”, realçou.

Meu Bem, Meu Mal, Modinha para Gabriela, Baby, Meu nome é Gal, Tigresa são algumas das suas canções que fizeram êxito dentro e fora do Brasil.

Gal Costa, de seu nome de registo Maria da Graça Costa Penna Burgos, natural de Salvador da Bahia, estreou-se em Agosto de 1964, no espectáculo Nós, por exemplo, ao lado de Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que marcou a afirmação do chamado Tropicalismo. Participou no I Festival Internacional da Canção, em 1966, no Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, editou o seu primeiro “longa duração”, Domingo, iniciando um percurso discográfico que conta 30 álbuns de estúdio e nove gravados ao vivo, alguns destes com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.

Em Janeiro de 2016, a edição brasileira da revista Rolling Stone apontou-a como “uma das maiores vozes do Brasil” e destacou o facto de Gal Costa continuar a renovar o seu público. E a revista Veja, de Fevereiro desse ano, fazendo um balanço do cinquentenário artístico da cantora, referiu-se a Gal Costa como “musa eterna do Tropicalismo”, que “não parou no tempo” e se “continua reinventando”.