Oposição em Lisboa une-se para suspender pagamento de parquímetros
Medida ainda terá de passar pela assembleia municipal, onde o PS tem maioria. Dísticos caducados depois de 15 de Janeiro mantêm-se válidos até Março.
Os partidos da oposição na Câmara de Lisboa uniram-se esta quinta-feira para aprovar a suspensão temporária do pagamento de parquímetros. A proposta foi do CDS e apenas teve o voto contra do executivo socialista que não bastou para travar a unanimidade dos restantes.
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Os partidos da oposição na Câmara de Lisboa uniram-se esta quinta-feira para aprovar a suspensão temporária do pagamento de parquímetros. A proposta foi do CDS e apenas teve o voto contra do executivo socialista que não bastou para travar a unanimidade dos restantes.
Apesar disto, a medida ainda terá de passar pela assembleia municipal, onde o PS tem uma maioria confortável graças aos deputados dos Cidadãos por Lisboa e do Livre, podendo assim inviabilizar a proposta. O chumbo foi o desfecho que teve uma recomendação do PSD, em Novembro, que defendia exactamente o que agora foi aprovado pelos vereadores.
Para o CDS, verificam-se hoje as mesmas circunstâncias que existiam em Março de 2020 quando a câmara aprovou, pela primeira vez e por unanimidade, a suspensão do pagamento de parquímetros, que haveria de durar até ao Verão. Os eleitos centristas defendem, por isso, que a câmara “deve eliminar obstáculos e facilitar o uso de transporte individual” durante o confinamento.
Esta semana, a assembleia municipal aprovou o prolongamento até 30 de Junho da gratuitidade do estacionamento para todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Ricardo Moreira, um deputado do BE, defendeu a aplicação de igual medida a todos os lisboetas, mas o vereador da Mobilidade não se pronunciou sobre o assunto.
Foi também aprovada esta quinta-feira, por unanimidade, a possibilidade de os veículos com dístico de residente válido estacionarem gratuitamente nos parques explorados pela EMEL. Os dísticos que estivessem válidos a 15 de Janeiro e que entretanto caducaram passam automaticamente a ser válidos até 31 de Março.
No âmbito do actual estado de emergência, o Governo determinou o teletrabalho obrigatório e mandou fechar as escolas por 15 dias a partir de sexta-feira.