Com Hemingway, Fitzgerald e Faulkner, John Steinbeck (1902-1968) integra o quarteto canónico da literatura norte-americana da primeira metade do século XX. Dos quatro, apenas Fitzgerald não recebeu o Nobel (que Steinbeck ganhou em 1962), curiosidade que teria, sem dúvida, outro significado se acaso atribuíssemos ao prémio sueco uma particular idoneidade literária. Aureolados, os dois primeiros, pela boémia cosmopolita associada aos expatriados dos anos 20 e 30; os dois últimos, pelo contrário, ancorados numa América (ou em mais do que uma, na verdade) “profunda” e até “regionalista” (epíteto, este, que em Portugal, onde os escritores, hoje, já nascem todos cosmopolitas, poderá parecer insultuoso, mas que não pretende sê-lo). Paradoxalmente, Faulkner e Steinbeck parecem agora, sob certos aspectos, menos “datados” do que os seus companheiros geracionais.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Com Hemingway, Fitzgerald e Faulkner, John Steinbeck (1902-1968) integra o quarteto canónico da literatura norte-americana da primeira metade do século XX. Dos quatro, apenas Fitzgerald não recebeu o Nobel (que Steinbeck ganhou em 1962), curiosidade que teria, sem dúvida, outro significado se acaso atribuíssemos ao prémio sueco uma particular idoneidade literária. Aureolados, os dois primeiros, pela boémia cosmopolita associada aos expatriados dos anos 20 e 30; os dois últimos, pelo contrário, ancorados numa América (ou em mais do que uma, na verdade) “profunda” e até “regionalista” (epíteto, este, que em Portugal, onde os escritores, hoje, já nascem todos cosmopolitas, poderá parecer insultuoso, mas que não pretende sê-lo). Paradoxalmente, Faulkner e Steinbeck parecem agora, sob certos aspectos, menos “datados” do que os seus companheiros geracionais.