Jovane virou a meia-final do avesso em meia dúzia de minutos
O FC Porto esteve a vencer até aos 86 minutos, mas dois golos do avançado sportinguista reforçaram a tradição: pela terceira vez em quatro anos, “leões” afastaram os “dragões” da Taça da Liga.
Em Janeiro de 2018 (meia-final) e Janeiro de 2019 (final) foi em Braga, mas mesmo num palco novo (Leiria), a tradição na final a quatro da Taça da Liga manteve-se: quando Sporting e FC Porto se encontram, a festa é dos “leões”. Numa meia-final da competição envolta em polémica fora do relvado, o duelo entre sportinguistas e portistas foi enfadonho durante 79 minutos, mas depois de Marega inaugurar o marcador e colocar o FC Porto em vantagem, a “estrelinha” de Rúben Amorim voltou a surgir: o técnico lançou Jovane e o avançado virou a partida do avesso com dois golos na última meia dúzia de minutos, que garantiram a vitória (2-1) e qualificação “leonina” para a final de sábado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Em Janeiro de 2018 (meia-final) e Janeiro de 2019 (final) foi em Braga, mas mesmo num palco novo (Leiria), a tradição na final a quatro da Taça da Liga manteve-se: quando Sporting e FC Porto se encontram, a festa é dos “leões”. Numa meia-final da competição envolta em polémica fora do relvado, o duelo entre sportinguistas e portistas foi enfadonho durante 79 minutos, mas depois de Marega inaugurar o marcador e colocar o FC Porto em vantagem, a “estrelinha” de Rúben Amorim voltou a surgir: o técnico lançou Jovane e o avançado virou a partida do avesso com dois golos na última meia dúzia de minutos, que garantiram a vitória (2-1) e qualificação “leonina” para a final de sábado.
O pré-jogo entre Sporting e FC Porto começou com uma guerra de palavras entre “leões” e “dragões” com a covid-19 como protagonista. Depois de o Sporting anunciar que os testes de Sporar e Nuno Mendes tinham sido “falsos positivos”, o que deixaria a dupla “disponível” para defrontar os portistas, a reacção do FC Porto foi incisiva: o Sporting estava a cometer um “crime público” e, se os atletas fossem utilizados, os “azuis e brancos” iriam “repensar a participação” na meia-final.
Apesar de os responsáveis “leoninos” terem reafirmado mais tarde que “era óbvio” que tinham a expectativa de utilizar Sporar e Nuno Mendes, o epílogo do duelo fora de campo foi uma vitória portista: para além de Neto e Tabata, Amorim também não pôde utilizar, por decisão das autoridades de saúde, o esloveno e o português.
Sem o quarteto de potências titulares, o técnico “leonino” replicou quase na totalidade o “onze” da última partida contra o Rio Ave, mas com mudanças na defesa: Antunes surgiu no flanco esquerdo; Feddal e Inácio formaram o trio no centro ao lado de Coates.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Para Sérgio Conceição, as mudanças foram mais profundas. Após dois jogos exigentes na última semana frente ao Nacional e Benfica, o treinador portista continuou privado de Otávio, mas a covid-19 retirou aos “dragões” dois trunfos importantes (Sérgio Oliveira e Luís Diáz) e uma alternativa válida para o ataque (Ivanilson). A estes, juntava-se Taremi, expulso contra o Benfica.
Condicionado nas escolhas, Conceição optou por atacar o Sporting com a estratégia do rival. Tal como já tinha acontecido esta época em Manchester, frente ao City, o técnico colocou de início três centrais (Pepe, Mbemba e Leite), entregando as laterais a João Mário (direita) e Zaidu (esquerda).
Resultado? Com esquemas tácticos similares, as duas equipas encaixaram-se na perfeição. Assim, foi preciso esperar 20 minutos para ver uma oportunidade digna desse nome para o FC Porto (após uma falha na defesa sportinguista, Corona rematou por cima) e mais 14 para o Sporting assustar Diogo Costa (Pedro Gonçalves teve liberdade para entrar na área, mas a tentativa também pecou por excesso de altura).
Bola no poste
Apesar do equilíbrio, o FC Porto tinha um ligeiro ascendente, que se traduziu na melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos: Coates interceptou um remate de João Mário, mas a bola sobrou para Marega que, em excelente posição, acertou no poste de Adán.
Pela quarta vez consecutiva, Sporting e FC Porto chegavam ao intervalo de uma partida da Taça da Liga empatados sem golos. Desta vez, porém, a igualdade não se manteve até ao minuto 90.
O início da segunda parte não trouxe novidades. Com o controlo do jogo, os portistas surgiam mais vezes perto da área do rival e Uribe, aos 47’, esteve perto do golo. Porém, a ameaça do colombiano não passou disso e o jogo voltou a cair na monotonia, embora, aos 68’ e 74’, Nuno Santos tenha provocado calafrios a Diogo Costa.
Quando o Sporting parecia querer fazer algo mais do que esperar pela lotaria dos penáltis, Marega arrancou sozinho pelo centro e no meio vários sportinguistas, rematou enrolado, surpreendendo Adán.
Havia pouco mais de dez minutos para jogar e quase de seguida Conceição tirou Marega e Corona, mas, mais uma vez, a Taça da Liga não vai deixar boas recordações aos portistas: aos 86’ e 90’+4’, Jovane surgiu descaído pela esquerda e, com muita classe, colocou por duas vezes a bola junto ao poste esquerdo de Diogo Costa, carimbando o apuramento dos “leões” para a final.