Presidenciais: GNR identifica dono do restaurante que reuniu 170 apoiantes do Chega em Braga
Apesar da ordem de confinamento, os apoiantes de André Ventura reuniram-se em ambiente festivo.
A GNR identificou o proprietário do restaurante em Braga onde um jantar-comício do Chega juntou no domingo 170 pessoas, tendo o caso sido enviado para a justiça para apuramento de eventuais ilícitos, anunciou nesta segunda-feira aquela força policial.
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A GNR identificou o proprietário do restaurante em Braga onde um jantar-comício do Chega juntou no domingo 170 pessoas, tendo o caso sido enviado para a justiça para apuramento de eventuais ilícitos, anunciou nesta segunda-feira aquela força policial.
Os apoiantes do candidato presidencial do Chega reuniram-se em ambiente festivo, num jantar-comício, em Braga, com música e cânticos, uma iniciativa que a candidatura afirmou cumprir as regras da Direcção-Geral da Saúde.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, o comando da Guarda Nacional Republicana (GNR) confirma que acompanhou a realização do evento, que se enquadrou no artigo do decreto-lei sobre o novo confinamento que exceptua da proibição de celebrações e eventos os actos que se realizem no âmbito da campanha para as eleições presidenciais.
“A Guarda acompanhou a realização do evento procurando, nomeadamente, acautelar a manutenção da ordem pública, o que veio a ocorrer”, esclarece a GNR.
Segundo o comunicado, os agentes apuraram a participação de cerca de 170 pessoas no evento, no qual foram servidas refeições.
O proprietário do estabelecimento foi identificado “por forma a ser elaborado o respectivo expediente e envio para Ministério Público do Tribunal Judicial de Braga, para apuramento de eventuais ilícitos que se possam ter verificado”, acrescenta a GNR.
Com cerca de 170 pessoas distribuídas em mesas redondas, o jantar-comício de domingo em Braga foi a maior iniciativa entreportas da candidatura desde o início do período de campanha oficial (10 de Janeiro), uma vez que todos os comícios anteriores decorreram em espaços com plateias devidamente preparadas para guardar a distância sanitária ou refeições colectivas apenas com algumas dezenas de convivas em restaurantes.
Apesar do “dever geral de recolhimento domiciliário” e num dia em que Portugal perdeu mais 152 pessoas para a covid-19, o director de campanha, mandatário nacional de André Ventura e membro da direcção nacional do Chega, Rui Paulo Sousa, garantiu que o evento cumpriu a lei.
“Todos os eventos que estamos a realizar são feitos através das distritais, que contactam a Direcção-Geral da Saúde (DGS), com os dados e o cumprimento de todas as regras de distanciamento, das mesas e dos lugares nas mesas”, disse.
O concorrente ao Palácio de Belém, André Ventura, nas suas acções de campanha eleitoral, tem criticado fortemente o executivo liderado por António Costa por aquilo que considera ser incompetência e falta de planeamento no combate às novas vagas da crise pandémica.
Segundo a RTP, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) tinha dado um parecer negativo ao evento, que foi depois confirmado pelo delegado da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), mas o ACES Braga só já durante o dia de domingo terá tido conhecimento do documento, tal como a Guarda Nacional Republicana.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de Janeiro, e esta é a décima vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.