Covid-19: distribuição e centros comerciais “compreendem” novas limitações

Retalho alimentar satisfeito com abertura até às 17 horas ao fim-se-semana. Centros comerciais voltam a pedir apoios para compensar novas restrições.

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Os passeios de fim-de-semana também "justificam" novas medidas restritivas Paulo Pimenta

Os sectores da distribuição alimentar (super e hipermercados) e especializada (electrónica, roupa, etc.), e os centros comerciais consideram as novas medidas de confinamento, anunciadas esta segunda-feira pelo Governo, com cautela e compreensão. Em causa, a limitação de horários dos estabelecimentos autorizados a funcionar, mas também a proibição de vendas ao postigo (alimentar, bebidas e outras) e o encerramento de todos os espaços de restauração em centros comerciais, mesmo em regime de take away, entre outras.

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Os sectores da distribuição alimentar (super e hipermercados) e especializada (electrónica, roupa, etc.), e os centros comerciais consideram as novas medidas de confinamento, anunciadas esta segunda-feira pelo Governo, com cautela e compreensão. Em causa, a limitação de horários dos estabelecimentos autorizados a funcionar, mas também a proibição de vendas ao postigo (alimentar, bebidas e outras) e o encerramento de todos os espaços de restauração em centros comerciais, mesmo em regime de take away, entre outras.

 “São medidas expectáveis” tendo em conta o número de pessoas a circular nos últimos dias e a evolução dos números de infectados com a doença de covid-19, adiantou ao PÚBLICO o director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de distribuição (APED). Assim, Gonçalo Lobo Xavier considera “aceitável o encerramento dos estabelecimentos às 20h, durante a semana”, e “positivo o alargamento até às 17 horas no retalho alimentar aos fins-de-semana”, porque “retira pressão” aos consumidores que precisam de fazer compras nestes dias. 

Em relação à proibição, também anunciada esta segunda-feira pelo primeiro-ministro, de realização “de saldos e promoções que promovam a deslocação de pessoas”, o director-geral da APED admite que se aplique apenas aos estabelecimentos de retalho especializado, como as cadeias de comércio de electrónica de consumo e electrodomésticos, que têm autorização para continuar abertos. O responsável aguarda, no entanto, a publicação do diploma com as novas medidas esclarece essa essa matéria.

Refira-se que cerca de metade das vendas dos super e hipermercados  – que deixaram de poder vender vários artigos a partir desta segunda-feira, como livros ou vestuário  – estão inseridas em algum tipo de promoção directa (desconto imediato do preço) ou indirecta (em cartão ou pontos).

O sector dos centros comerciais também manifesta “a sua compreensão para a necessidade da adopção de medidas para o controlo da pandemia”.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC)  adianta que “estavam preparados para manter a actividade mas, como habitualmente, irão acatar as novas medidas impostas e cooperar com as autoridades para a implementação das mesmas, assim contribuindo para o combate à pandemia”.

No entanto, a associação também relembra que “chegou a altura de o Governo encarar este tema e encontrar soluções para ajudar a ultrapassar as dificuldades vividas pelos lojistas e pelos proprietários dos centros comerciais”.

“Até hoje os centros comerciais têm suportado sozinhos os apoios aos lojistas e os efeitos desta crise pandémica, sem qualquer tipo de compensação. Esta situação não pode manter-se”, acrescentam.