Objectos e cartazes da invasão do Capitólio serão peças de museu

Cartazes e outros objectos retirados dos escombros da invasão ao Capitólio serão convertidos em peças de museu para mostrar às gerações futuras a história da revolta.

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Win Mcnamee/Getty Images

A invasão do Capitólio, por parte de simpatizantes de Donald Trump, a 6 de Janeiro, deixou atrás de si um cenário de escombros, desordem e tumulto. Cartazes, bandeirolas, pinturas danificadas, estátuas marcadas com gás corrosivo, o busto de Zachary Taylor, o 12.º Presidente americano, manchado por um líquido roxo, uma fotografia vandalizada do falecido activista e congressista americano John Lewis, documentos do Departamento de Justiça espalhados pelo chão.

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A invasão do Capitólio, por parte de simpatizantes de Donald Trump, a 6 de Janeiro, deixou atrás de si um cenário de escombros, desordem e tumulto. Cartazes, bandeirolas, pinturas danificadas, estátuas marcadas com gás corrosivo, o busto de Zachary Taylor, o 12.º Presidente americano, manchado por um líquido roxo, uma fotografia vandalizada do falecido activista e congressista americano John Lewis, documentos do Departamento de Justiça espalhados pelo chão.

Para muitos são apenas escombros, provocados pela ira dos seguidores do ainda Presidente americano — Joe Biden toma posse no próximo dia 20. Para os comissários do Instituto Smithsonian, que gere os museus públicos federais dos EUA, e que analisaram os escombros, são peças de eminente valor museológico. Depois de devidamente analisadas e catalogadas, diz a imprensa americana, o Smithsonian entregará esses objectos ao Museu Nacional de História Americana, como testemunho relevante de um dos episódios mais invulgares da história recente dos EUA.

Mas este não é o único acontecimento político dos últimos anos a ter-se tornado alvo da atenção dos arquivistas do Smithsonian, que, no Verão passado, examinaram e catalogaram cartazes, objectos e bandeirolas do protesto anti-racismo Black Lives Matter, o mesmo já tendo acontecido com a Marcha das Mulheres em 2017.

“Ao que uns chamam lixo, chamo eu história”, afirmou Frank Blazich, comissário do Museu de História Americana, quando convidado a reflectir sobre a importância de guardar marcas da história política recente. O departamento para o qual trabalha reúne esse tipo material. Ainda estava o mundo a digerir as imagens violentas do assalto ao interior do Capitólio, que provocou cinco mortos, e já Frank Blazich procurava vestígios, no exterior e no interior do espaço, desse presente histórico que ajudará as futuras gerações a enquadrarem e a recordarem o violento episódio.