Rui Rio defendeu a abertura de restaurantes depois das 13h aos fins-de-semana?
Líder do PSD é acusado pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Administração Interna de ter propostos medidas menos restritivas antes do novo confinamento
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As frases
“Quando dizíamos que para limitar contágios, o que tínhamos era a direita parlamentar a querer abrir restaurantes à tarde e comércio ao fim de semana (…) A alternativa não estava no que dizia o dr. Rui Rio de ter restaurantes abertos”.
Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Assembleia da República, 13 de Janeiro
“Convido a ver as declarações que o líder da oposição [Rui Rio] fez. Ainda no início da semana passada, a discussão era que os restaurantes não devem fechar à uma”.
Primeiro-ministro António Costa, TVI, 14 de Janeiro
O contexto
No debate sobre o estado de emergência, entre 16 e 30 de Janeiro, Eduardo Cabrita tinha acusado a “direita parlamentar” e Rui Rio em particular de quererem os restaurantes abertos depois das 13h aos fins-de-semana, apontando uma contradição entre esse discurso e as críticas do PSD ao alívio das restrições no período das festas. O líder do PSD reagiu, no Twitter, declarando que não se referiu a restaurantes, mas sim à concentração de pessoas nas manhãs de sábado e domingo. O primeiro-ministro repetiu a acusação na entrevista desta quinta-feira à noite, na TVI.
Os factos
Numa iniciativa da JSD, a 6 de Janeiro, Rui Rio declarou sobre a imposição de encerramento do comércio a partir das 13h aos fins-de-semana: “Têm de afinar aquela medida de toda a gente, à uma da tarde, ao sábado e domingo, ter de ir para casa. O que é eu tenho visto ao sábado e ao domingo? Aglomerados brutais de pessoas para ir às compras porque têm de ir. Durante a semana trabalham, têm de ir e, portanto, concentram-se. Depois à tarde, ficam confinados em casa mas entretanto já apanharam o vírus de manhã”.
Em resumo
Rui Rio defendeu a abertura dos restaurantes até depois das 13h00? O líder do PSD referiu-se ao comércio (embora os restaurantes também se possam incluir neste sector) mas especificamente ao comércio alimentar e aos aglomerados de pessoas nas compras. As acusações assentam, portanto, em dados falsos.