Deixar o Presidente da República e o primeiro-ministro de fora da lista das prioridades da vacina contra a covid-19 é uma daquelas decisões que merece concorrer ao Óscar da demagogia 2020/2021. A decisão é um total absurdo, e só se pode compreender à luz de uma desvalorização grotesca do prestígio da política e do sentido de Estado. A possibilidade, levantada esta semana, do septuagenário Marcelo ter efectivamente covid, quando já podia estar imunizado ou a caminhar para isso, apenas veio agravar aquilo que é inconcebível desde o primeiro minuto.
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Deixar o Presidente da República e o primeiro-ministro de fora da lista das prioridades da vacina contra a covid-19 é uma daquelas decisões que merece concorrer ao Óscar da demagogia 2020/2021. A decisão é um total absurdo, e só se pode compreender à luz de uma desvalorização grotesca do prestígio da política e do sentido de Estado. A possibilidade, levantada esta semana, do septuagenário Marcelo ter efectivamente covid, quando já podia estar imunizado ou a caminhar para isso, apenas veio agravar aquilo que é inconcebível desde o primeiro minuto.