O melodrama tem sido um género axial da história do cinema, com académicos como Linda Williams a considerá-lo como o modo dramatúrgico “fundamental do cinema popular americano”. Sistematizado como método de pontuação dramática e de mise-en-scène no período áureo da Hollywood clássica, o melodrama é — ao contrário de um senso comum pejorativo — um modelo dramático de revelação das estruturas sociais, das suas relações de poder e da sublimação do desejo como forma de “respeitabilidade”, a partir do núcleo familiar. Os filmes deste modelo revelam o papel da mulher e a fragilidade que lhe é imposta. O melodrama desenvolveu-se e transformou-se em diferentes espaços culturais, geográficos e temporais, e é um paradigma ainda decisivo no cinema contemporâneo. Um dos autores que mais significativamente tem explorado o género é o alemão Christian Petzold, que, no contexto europeu do século XXI, consolidou o melodrama — no panorama do cinema de autor —, como forma de explorar as lutas sociais contemporâneas.
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O melodrama tem sido um género axial da história do cinema, com académicos como Linda Williams a considerá-lo como o modo dramatúrgico “fundamental do cinema popular americano”. Sistematizado como método de pontuação dramática e de mise-en-scène no período áureo da Hollywood clássica, o melodrama é — ao contrário de um senso comum pejorativo — um modelo dramático de revelação das estruturas sociais, das suas relações de poder e da sublimação do desejo como forma de “respeitabilidade”, a partir do núcleo familiar. Os filmes deste modelo revelam o papel da mulher e a fragilidade que lhe é imposta. O melodrama desenvolveu-se e transformou-se em diferentes espaços culturais, geográficos e temporais, e é um paradigma ainda decisivo no cinema contemporâneo. Um dos autores que mais significativamente tem explorado o género é o alemão Christian Petzold, que, no contexto europeu do século XXI, consolidou o melodrama — no panorama do cinema de autor —, como forma de explorar as lutas sociais contemporâneas.