Um excerto das memórias do investigador sueco Hans Rosling (1948 – 2017)
Chega nesta quinta-feira às livrarias portuguesas, com a chancela da Temas e Debates, Como Aprendi a Compreender o Mundo, as memórias que Hans Rosling escreveu com a jornalista Fanny Härgestam. Neste capítulo, o investigador sueco, co-autor do bestseller Factfulness , fala-nos das viagens da juventude, do 25 de Abril em Portugal e de Moçambique no pós-independência.
Na Suécia da década de 60, era comum ter-se crescido numa casa simples e o nosso pai trabalhar numa fábrica. Mas ser o primeiro da família a ir para a universidade era raro e especial. Poucas semanas depois de começar o meu primeiro ano, senti que ter-me juntado aos sociais-democratas estava a permitir-me cumprir uma expectativa tácita dos meus pais. A pequena sociedade de estudantes nomeou-me seu secretário internacional e deu-me imediatamente uma tarefa: organizar um encontro noturno para o nosso grupo conhecer um homem chamado Eduardo Mondlane.
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Na Suécia da década de 60, era comum ter-se crescido numa casa simples e o nosso pai trabalhar numa fábrica. Mas ser o primeiro da família a ir para a universidade era raro e especial. Poucas semanas depois de começar o meu primeiro ano, senti que ter-me juntado aos sociais-democratas estava a permitir-me cumprir uma expectativa tácita dos meus pais. A pequena sociedade de estudantes nomeou-me seu secretário internacional e deu-me imediatamente uma tarefa: organizar um encontro noturno para o nosso grupo conhecer um homem chamado Eduardo Mondlane.