Citroën relança ataque com novas berlinas C4 e ë-C4
Com a aposta nos SUV solidificada, a marca francesa avança com uma investida ao segmento das berlinas compactas.
No relevante segmento C, dos familiares compactos, que em Portugal tem um peso de quase 40% das vendas, as berlinas continuam a assumir um papel preponderante, ainda que cada vez mais ameaçados pelos cobiçados SUV. Por isso, não é de espantar a relevância de um modelo como o C4 para a Citroën que, nesta nova fornada, traz uma novidade: uma declinação 100% eléctrica com o ë-C4.
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No relevante segmento C, dos familiares compactos, que em Portugal tem um peso de quase 40% das vendas, as berlinas continuam a assumir um papel preponderante, ainda que cada vez mais ameaçados pelos cobiçados SUV. Por isso, não é de espantar a relevância de um modelo como o C4 para a Citroën que, nesta nova fornada, traz uma novidade: uma declinação 100% eléctrica com o ë-C4.
E se é verdade que o C4, agora assente na plataforma modular CMP do grupo PSA, mantém as suas características de berlina, não é menos certeiro dizer que integra vários códigos da linguagem SUV, numa tentativa, talvez, de agradar a gregos e a troianos. É certo que o emblema francês já conta com os SUV C3 Aircross e C5 Aircross para contentamento dos amantes do género, mas com o C4, mesmo adoptando as linhas de um coupé, como no seu tejadilho de corte descendente, e sem recorrer às saias arregaçadas, há muito que poderá agradar aos amantes dos sport utility vehicle, a começar por uma posição de condução elevada e um campo de visão mais alto.
Em termos de design, o novo C4 abre a porta a uma nova linguagem, expressa por linhas esculpidas para beneficiar o aerodinamismo, nomeadamente num spoiler traseiro que ajuda a colar o veículo à estrada, apesar de se tornar incómodo, ao cortar o óculo traseiro a meio. À frente, destaque para uma assinatura luminosa em “V”, com dois níveis de faróis e chevrons cromados a toda a largura do veículo. Atrás, as ópticas interligadas por uma faixa em preto brilhante reforçam a ideia de robustez musculada.
No interior, a marca sublinha a atmosfera acolhedora e tecnológica, ainda que o que mais salta à vista é a simplicidade com que a informação é tratada, sendo o carro limpo de quaisquer ruídos visuais. No entanto, o conforto é inegável e faz justiça ao programa Citroën Advanced Comfort, que inclui suspensões de batentes hidráulicos progressivos, bancos Advanced Comfort ou, em estreia, um suporte para tablets integrado no tablier do lado do pendura, sob o qual se encontra uma gaveta, além de um amplo porta-luvas. O habitáculo foi, assim, aproveitado para acolher uma série de soluções de arrumação.
Já em termos de informação, surge com um painel de instrumentos digital HD sem moldura, de grafismo de fácil leitura, o qual pode ser complementado com um sistema de head-up display, projectado no vidro. No centro do tablier, um ecrã táctil de 10’’, também sem moldura, permite aceder às principais funções do automóvel e também do sistema de conectividade e de climatização.
Nas ajudas à condução, o C4 chega com 20 tecnologias, entre as quais se destaca o assistente de condução em auto-estrada, um dispositivo de condução semiautónoma de nível 2, que combina o regulador de velocidade adaptativo com função stop & go e o alerta activo de transposição involuntária de faixa — o condutor pode, desta forma, delegar parcialmente a condução, desde que mantenha as mãos no volante e a atenção na estrada.
Outra novidade prende-se com a caixa automática que passa a ser accionada através de um novo selector, em cromado, junto ao qual se pode encontrar também o comando do travão de estacionamento eléctrico e o botão que permite mudar os modos de condução: Eco, Normal e Sport. Se activado o modo manual, a caixa pode ser gerida pelas patilhas integradas atrás do volante.
Já nas motorizações, a grande novidade é a variante eléctrica de 100 kW (136cv), com uma bateria de 50 kWh, que admite uma autonomia de até 350 quilómetros. Nas mecânicas térmicas, a escolha recai entre quatro soluções a gasolina, todas assentes no bloco 1.2 PureTech: 100cv e caixa manual de seis; 130cv, com caixa manual de seis ou EAT8; e 155cv, acoplado a uma EAT8. Nos diesel, o bloco 1.5 BlueHDi pode ser servido com 110cv e caixa manual de seis ou com 130cv associado à automática de oito.
Disponível em 31 conjugações de sete cores de carroçaria e de cinco pacotes de cor exterior, complementados por seis ambientes interiores, o C4 está disponível em quatro níveis de equipamentos (Feel, Feel Pack, Shine e Shine Pack), com preços a partir de 23.607€ para os blocos a gasolina e 27.707€ para as variantes diesel. O carro eléctrico comercializa-se a partir de 37.607€; em campanha de lançamento, a Citroën oferece aos clientes particulares deste último uma wallbox monofásica 7,4 kW.