O que esperamos de 2021?
Houve muita aprendizagem com o ano que passou, muita mudança, muita reflexão sobre o que realmente é significativo nas nossas vidas, o que é realmente essencial, o que precisamos efectivamente para sobreviver.
Sempre que um ano finda, é altura de se fazer uma breve reflexão e um balanço de como tudo correu… Lamentarmo-nos pelos momentos menos bons, regozijarmo-nos com as conquistas, vitórias, sonhos realizados, momentos positivos. É tempo também de criar expectativas para o novo ano, sonhar novos sonhos, pedir novos desejos… Uns que ficaram por realizar ou outros que surgiram entretanto… É tempo de renovar esperanças, voltar a acreditar num futuro melhor, em algo de bom que está por vir.
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Sempre que um ano finda, é altura de se fazer uma breve reflexão e um balanço de como tudo correu… Lamentarmo-nos pelos momentos menos bons, regozijarmo-nos com as conquistas, vitórias, sonhos realizados, momentos positivos. É tempo também de criar expectativas para o novo ano, sonhar novos sonhos, pedir novos desejos… Uns que ficaram por realizar ou outros que surgiram entretanto… É tempo de renovar esperanças, voltar a acreditar num futuro melhor, em algo de bom que está por vir.
Se isto é verdade, no final de cada ano, no final de um ano como o de 2020, um ano atípico e extremamente negativo para o Mundo, foi algo ainda mais relevante.
Depois de um ano de pandemia, de restrições, de confinamento, de estados de emergência, de mudanças dantescas na vida da maioria, senão da totalidade dos seres humanos, por todo mundo, de perdas (de rendimentos, de emprego, de liberdade, de contacto com familiares e amigos, de entes queridos), etc., de 2021 só se pode esperar e/ou desejar o regresso à “normalidade”, ou, pelo menos, que seja um ano menos difícil, menos desafiante, menos atípico.
A chegada da vacina veio já abrir caminho a esse renovar de esperança, veio mostrar a tal “luz ao fundo do túnel”, mas ainda haverá certamente um longo caminho a percorrer, não digo até chegarmos à “normalidade” como a conhecíamos pré-covid, porque não acredito que nada vá ficar igual, mas até uma “nova realidade” mais tranquilizadora que a actual.
Quando digo que nada vai ficar igual ao que era antes da pandemia, digo-o com a convicção de que ninguém sai indiferente desta situação. Houve muita aprendizagem com o ano que passou, muita mudança, muita reflexão sobre o que realmente é significativo nas nossas vidas, o que é realmente essencial, o que precisamos efectivamente para sobreviver.
No entanto, 2021 já chegou e começa com a possibilidade de um novo confinamento, longe de todos os sonhos de regresso à normalidade. Novamente um turbilhão de emoções: a desesperança, a tristeza, o cansaço e saturação com esta situação de pandemia. Mas de que nos queixamos? Se todos nós estamos cansados de toda esta situação, imaginemos quem lida diariamente com as consequências mais negativas da mesma — quem tenta ajudar quem luta pela vida, quem tenta arranjar soluções, quem mesmo querendo estar em casa, junto dos seus — e que tem de, obrigatoriamente, sair diariamente para que os bens e serviços essenciais cheguem e continuem a funcionar para todos nós?
Mas nem tudo foi mau. Podemos e devemos focar nos aspectos positivos e um deles foi, sem dúvida, a aproximação entre pais e filhos. Com menos iniciativas no exterior, a criatividade e a imaginação fizeram parte da vida de várias famílias que de tudo fizeram para entreter, principalmente, os mais pequeninos. E esta terá sido a parte saudável destes tempos conturbados.
Em breve talvez tenhamos novamente de estar “fechados”, mas isso não quer dizer que não possamos passar tempo de qualidade e de diversão com as nossas crianças. Esses momentos, essas brincadeiras, essas novas rotinas familiares (ex.: dançar coreografias divertidas, inventar novos jogos e brinquedos, cozinhar em conjunto, recorrer a jogos de tabuleiro) podem e devem ser os escapes necessários para manter a saúde psicológica da família e tentar colmatar a necessidade de brincadeira das crianças.
O importante é não perder a esperança e continuar a esperar, paciente e resilientemente, um 2021 com mudanças positivas, com devolução de muito do que a pandemia nos retirou em 2020, mas tendo a noção que as coisas também não mudam num passe de mágica e que, todos e cada um de nós, temos um papel a desempenhar. Agora, mais do que nunca, temos de nos manter vigilantes, ser conscientes, manter unidos para que, juntos, consigamos vencer a pandemia e regressar aos nossos sonhos, às nossas vidas tal como desejamos. Façamos todos o que está ao nosso alcance fazer.
Um 2021 cheio de saúde para todos! Seja prudente… Proteja-se e proteja os outros!