Com recolher às 19h e parte das escolas fechadas, Madeira intensifica cerco à covid-19

Governo regional anunciou novas medidas: recolher obrigatório entre as 19h e as 5h, alunos do 3.º ciclo e do secundário em casa, comércio e serviços fechados a partir das 18h.

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Miguel Albuquerque LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

Recolher obrigatório entre as 19h e as 5h durante a semana, escolas do 3.º ciclo e do ensino secundário encerradas, comércio e serviços de portas fechadas às 18h. O Governo Regional da Madeira intensificou esta segunda-feira as medidas de combate à pandemia, em resposta ao constante aumento do número de casos de covid-19 no arquipélago.

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Recolher obrigatório entre as 19h e as 5h durante a semana, escolas do 3.º ciclo e do ensino secundário encerradas, comércio e serviços de portas fechadas às 18h. O Governo Regional da Madeira intensificou esta segunda-feira as medidas de combate à pandemia, em resposta ao constante aumento do número de casos de covid-19 no arquipélago.

No dia em que a região autónoma registou mais duas mortes associadas ao coronavírus SARS-CoV-2, elevando o total para 20 desde o início da pandemia, o chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, anunciou o reforço das medidas numa curta comunicação, sem direito a perguntas, transmitida através da página oficial do governo no Facebook.

“Impõe-se, na região autónoma da Madeira, um conjunto de novas medidas destinadas a manter o controlo da propagação da doença neste território”, disse o social-democrata, que lidera o governo de coligação PSD/CDS, justificando as novas medidas com a “evolução pandémica” no arquipélago, que passou de uma média de 20/30 casos diários em Outubro e Novembro para valores próximos da centena neste mês de Janeiro.

“As medidas agora adoptadas têm por objectivo reduzir os fluxos de circulação e concentração de pessoas, garantido simultaneamente o funcionamento possível das actividades económicas e sociais, evitando os efeitos desfavoráveis, económicos, sociais e psicológicos, que um confinamento total, nesta altura, acarretaria”, acrescentou Albuquerque, que no início deste mês já tinha imposto o recolher obrigatório no território, entre as 23h e as 5h.

Agora, e até 31 de Janeiro, a proibição de circulação na via pública é alargada para o período entre as 19h e as 5h, durante a semana, sendo ampliada para entre as 18h e as 5h, aos fins-de-semana e feriados.

Até ao final do mês, as aulas presenciais para os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário estão suspensas, mantendo-se as actividades presenciais para os restantes níveis de ensino: creches e jardins-de-infância, pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos, ensino profissional e especial.

Para o comércio e serviços, os condicionamentos começam às 18h, hora em que têm que “imperativamente” encerrar (aos fins-de-semana e feriados encerram às 17h). As excepções são as farmácias, oficinas, clínicas e consultórios médicos e veterinários, serviços de oxigénio e gases medicinais ao domicílio e postos de abastecimento de combustível (apenas para abastecimentos de veículos).

Já os restaurantes podem funcionar até às 22h, mas apenas para refeições para entrega ao domicílio. “Apenas os profissionais associados à entrega das refeições ao domicílio poderão circular depois do recolher obrigatório, até às 22h, com a devida identificação”, ressalvou Albuquerque.

Na administração pública vai ser incentivado o teletrabalho e adoptado o regime de trabalho em jornada contínua.

Este novo pacote de medidas entre em vigor a partir das 0h desta quarta-feira e determina ainda a suspensão de todas as actividades desportivas, com excepção das equipas seniores inseridas em competições nacionais.

O último balanço, divulgado ao final da tarde de domingo, dava conta de 2678 casos de infecções pelo SARS-CoV-2 (mais 93 do que no balanço anterior) e 18 vítimas mortais, que, entretanto, subiram para 20.