Portugueses são dos que mais saem para trabalhar noutro país da UE
Portugal está entre os cinco países da União Europeia de onde saíram mais trabalhadores para outro Estado-membro em 2019. A maioria são trabalhadores altamente qualificados e Espanha, França e Alemanha estiveram entre os principais destinos.
O Relatório Anual da Mobilidade Laboral Intra-UE de 2020, publicado esta sexta-feira e com base nos mais recentes dados estatísticos disponíveis, indica que Roménia, Polónia, Itália, Portugal e Bulgária continuaram a ser os cinco principais países de origem de trabalhadores para outro Estado-membro em 2019.
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O Relatório Anual da Mobilidade Laboral Intra-UE de 2020, publicado esta sexta-feira e com base nos mais recentes dados estatísticos disponíveis, indica que Roménia, Polónia, Itália, Portugal e Bulgária continuaram a ser os cinco principais países de origem de trabalhadores para outro Estado-membro em 2019.
Segundo o relatório, Espanha, França, Alemanha e o Reino Unido, que deixou a União Europeia no final de Janeiro de 2020, estiveram entre os principais destinos e maioria dos trabalhadores eram altamente qualificados.
Em concreto, Roménia, Polónia, Itália, Portugal e Bulgária, nesse ano, foram “a origem de 58% das pessoas em mobilidade” laboral para outro país da UE.
Portugal é também mencionado no relatório como um dos principais países de origem de trabalhadores altamente qualificados, de áreas como negócios e administração, ciência e engenharia ou ensino.
“O grupo de trabalhadores altamente qualificados [em mobilidade laboral] em comparação com os altamente qualificados no país de origem é maior entre os romenos (22%), búlgaros (13%), portugueses (10%) e polacos (8%)”, precisa o documento.
Ao todo, em 2019, havia 17,9 milhões de cidadãos europeus em mobilidade laboral noutro país da UE, dos quais 13 milhões estavam em idade activa (20-64 anos), de acordo com o relatório, que cita números do gabinete estatístico, o Eurostat.
A Comissão Europeia observa que “as pessoas em idade activa têm maior probabilidade de se deslocarem no início das suas carreiras”, sendo que “a probabilidade de se deslocarem diminui com a idade”.
“Com a população mais jovem a diminuir também nos países de origem, isto pode implicar uma diminuição dos fluxos de mobilidade”, adianta a instituição no relatório.