Covid-19: há 323 surtos activos em Lisboa e Vale do Tejo. Mais de 100 são em lares de idosos
A região de Lisboa e Vale do Tejo tem 323 surtos activos de covid-19, dos quais 121 estão identificados em estruturas residenciais para idosos, com um total de 3133 casos confirmados.
A região de Lisboa e Vale do Tejo contabiliza esta sexta-feira 323 surtos activos de covid-19, dos quais 121 estão identificados em estruturas residenciais para idosos, com um total de 3133 casos confirmados, revela a Administração Regional de Saúde.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A região de Lisboa e Vale do Tejo contabiliza esta sexta-feira 323 surtos activos de covid-19, dos quais 121 estão identificados em estruturas residenciais para idosos, com um total de 3133 casos confirmados, revela a Administração Regional de Saúde.
Do total de surtos activos nesta região, “oito estão em fase de resolução”, adianta a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), em resposta à agência Lusa.
Quanto aos 121 surtos activos, segundo dados desta sexta-feira, “com um total de 3133 casos confirmados”, a Administração Regional de Saúde refere que, no âmbito da incidência de infecções na região de Lisboa e Vale do Tejo, a situação nos lares de idosos “representa preocupação considerando a idade e as comorbilidades geralmente associadas aos residentes em ERPI”. “Contudo, os casos estão ser acompanhados pelas autoridades de saúde, em articulação com as direcções dos lares e com as unidades de saúde”, assegura a ARSLVT.
Na terça-feira, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou que Portugal continental tinha 417 surtos activos de contágio pelo novo coronavírus, dos quais 284 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 55 na região Norte, 29 no Alentejo, 25 na região Centro e 24 no Algarve, “sobretudo identificados em estruturas residenciais para idosos, menos em escolas e alguns em instituições de saúde”.
Portugal registou esta quinta-feira 118 mortos relacionados com a covid-19 e 10.176 novos casos de infecção com o novo coronavírus, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direcção-Geral da Saúde.
Relativamente ao internamento de doentes com covid-19 nos hospitais da ARSLVT, estão internados 1409 pessoas, em que 1214 estão em enfermaria e 195 em unidades de cuidados intensivos (UCI). “Os números relacionados com os internamentos são voláteis [considerando o conjunto de variáveis envolvidas], pelo que as respostas dos hospitais vão sendo adaptadas em função desse dinamismo”, adianta a ARSLVT, confirmando que tem existido uma maior procura dos serviços de urgência hospitalares.
Porém, segundo a ARSLVT, “os hospitais estão permanentemente a rever os seus planos de contingência e, por isso, está a ser preparado o aumento da capacidade de camas críticas”.
A acompanhar a situação da capacidade de resposta dos hospitais, a ARSLVT diz que tem promovido o funcionamento em rede dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), “que pode ser intra-regional [entre unidades da região] e/ou inter-regional [ou seja, unidades de Lisboa e Vale do Tejo recebem utentes de outras regiões e vice-versa]”.
“Todos os Invernos há aumento de procura dos serviços de urgência [SU] devido a uma maior incidência de doenças respiratórias, a par de outras situações clínicas. Este ano acresce a covid-19, sendo que, face a sintomatologia respiratória, os utentes devem primeiramente contactar a Linha SNS 24”, aconselha a Administração Regional de Saúde.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo está “prevista para breve a abertura de mais 30 camas no Centro de Apoio Militar/CAM de Belém”, que totalizará as 90 contempladas na parceria com as Forças Armadas, informa ainda a ARSLVT, destacando também o reforço em breve do apoio dado pelo Centro de Acolhimento da Marinha na Base Naval do Alfeite, onde irá funcionar uma Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR).