Nunca é de mais lembrar que é o vírus e não o confinamento que faz a crise. Com medo do contágio, as pessoas limitam deslocações e contactos, produzem, compram, viajam e consomem menos. Mas se as pessoas se autoconfinam, qual é a necessidade de o governo intervir? No artigo “Optimal Mitigation Policies in a Pandemic: Social Distancing and Working from Home”, três economistas – Callum Jones, do FMI, e Thomas Philippon e Venky Venkateswaran, da Universidade de Nova Iorque – explicam que a decisão individual de confinar pode ficar aquém do necessário. Por um lado, muitas pessoas confinam-se para proteger apenas a sua saúde, ignorando que um confinamento mais estrito pode gerar benefícios para as outras. Tal como poluímos de mais quando ignoramos os problemas que causamos às outras pessoas, também nos confinamos de menos quando ignoramos o benefício que podemos dar aos outros. Por outro, se uma pessoa considera que há uma probabilidade elevada de vir a ser infetada no futuro, o que é mais provável quando a pandemia está mais espalhada, tem menos incentivo para se proteger.
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Nunca é de mais lembrar que é o vírus e não o confinamento que faz a crise. Com medo do contágio, as pessoas limitam deslocações e contactos, produzem, compram, viajam e consomem menos. Mas se as pessoas se autoconfinam, qual é a necessidade de o governo intervir? No artigo “Optimal Mitigation Policies in a Pandemic: Social Distancing and Working from Home”, três economistas – Callum Jones, do FMI, e Thomas Philippon e Venky Venkateswaran, da Universidade de Nova Iorque – explicam que a decisão individual de confinar pode ficar aquém do necessário. Por um lado, muitas pessoas confinam-se para proteger apenas a sua saúde, ignorando que um confinamento mais estrito pode gerar benefícios para as outras. Tal como poluímos de mais quando ignoramos os problemas que causamos às outras pessoas, também nos confinamos de menos quando ignoramos o benefício que podemos dar aos outros. Por outro, se uma pessoa considera que há uma probabilidade elevada de vir a ser infetada no futuro, o que é mais provável quando a pandemia está mais espalhada, tem menos incentivo para se proteger.