Câmara de Viseu aposta em plano de acção sob o signo da “Cidade-Jardim”
O plano de acção visa a “valorização e o desenvolvimento local” e o “fomento turístico e económico”.
A classificação da Mata do Fontelo como conjunto de interesse público, a criação de uma escola de jardineiros e o desafio “Flores à janela” são algumas acções que a Câmara de Viseu vai desenvolver, anunciou nesta quinta-feira o presidente do município.
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A classificação da Mata do Fontelo como conjunto de interesse público, a criação de uma escola de jardineiros e o desafio “Flores à janela” são algumas acções que a Câmara de Viseu vai desenvolver, anunciou nesta quinta-feira o presidente do município.
Para este ano, a autarquia adoptou o slogan “Viseu Cidade-Jardim” que, segundo Almeida Henriques, é originário dos anos 30 do século XX.
“É uma lógica do reencontro com o nosso passado e com a nossa identidade histórica e, ao mesmo tempo, uma resposta aos tempos presentes e a um futuro próximo do concelho”, frisou, aos jornalistas, durante a apresentação do plano de acção.
Segundo o autarca, serão desenvolvidas 15 acções âncora e outras tantas complementares em áreas como ambiente, cultura, património, reabilitação urbana, mobilidade, educação, desporto, turismo e marketing territorial, a pensar “numa reactivação do turismo no próximo ano”.
Atendendo à pandemia de covid-19, Almeida Henriques considera “especialmente estratégica esta aposta na valorização turística de recursos naturais locais, de produtos e eventos associados à natureza, ao ar livre e a actividades culturais e físicas seguras”.
O plano de acção agora apresentado, que tem uma “agenda aberta” e visa primeiramente a “valorização e o desenvolvimento local” e só depois o “fomento turístico e económico”, prevê que a Mata do Fontelo seja declarada de interesse público, depois das intervenções que aí têm sido realizadas. “Este é claramente um ponto importante”, frisou.
A valorização do Parque da Aguieira, para onde está prevista a construção de um percurso de natureza que irá substituir aquele que deixou de existir na Mata do Fontelo, é outra das acções.
Almeida Henriques destacou também, já este mês, o lançamento da Escola de Jardineiros de Viseu, que poderá formar até 20 pessoas por ano, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, e que permitirá à autarquia recorrer cada vez menos à contratação de serviços externos nesta área.
Paralelamente ao ajardinamento das praças, a autarquia vai “estimular os cidadãos” a terem “as suas janelas ajardinadas”.
“Com este projecto ("Flores à janela") queremos simbolizar o regresso da liberdade”, deixando “uma janela aberta de esperança”, realçou.
O plano de acção inclui ainda medidas como a implementação da aplicação “Viseu walk”, de suporte à acessibilidade turística e cultural de espaços públicos e museus municipais, e a execução do projecto de valorização do Caminho Português Interior de Santiago.
A criação do Fórum Local de Ambiente e a reactivação da agenda de grandes eventos e a sua reorganização para a temática “Viseu Cidade-Jardim” também integram o plano.