Após um acordo de 16 mil milhões de dólares, LVMH vai renovar a imagem da Tiffany

Depois do negócio fechado, o fundador do conglomerado de luxo Bernard Arnault escolhe o filho de 28 anos, Alexandre Arnault, para a direcção da joalheira norte-americana.

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LUSA/IAN LANGSDON

Bernard Arnault, fundador da LVMH, o conglomerado francês que reúne algumas das maiores marcas de luxo, escolheu o seu filho Alexandre como um dos executivos responsáveis pelo destino da Tiffany. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, depois de o grupo francês ter concluído o negócio de aquisição da joalheira norte-americana por 16 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros).

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Bernard Arnault, fundador da LVMH, o conglomerado francês que reúne algumas das maiores marcas de luxo, escolheu o seu filho Alexandre como um dos executivos responsáveis pelo destino da Tiffany. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, depois de o grupo francês ter concluído o negócio de aquisição da joalheira norte-americana por 16 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros).

Michael Burke, presidente e CEO da Vuitton — o maior gerador de dinheiro do grupo — vai ser o chairman da Tiffany. E Anthony Ledru, que dirigia a Vuitton nos EUA, bem como as actividades comerciais globais da marca, mas que já tinha passado pela Tiffany e pela rival Cartier, assumirá o lugar de CEO que pertencia até agora a Alessandro Bogliolo, que deverá sair no próximo dia 22, anuncia a LVMH. Este sairá com uma indemnização de 36 milhões de euros.

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Alexandre Arnault tem 28 anos e é CEO da Rimowa Benoit Tessier/Reuters

Alexandre Arnault, um dos quatro descendentes do fundador com funções na LVMH, já vinha a preparar-se para assumir esta função. Actualmente dirigia a marca de malas Rimowa, agora será vice-presidente executivo da Tiffany, responsável pelas áreas de produto e comunicação. “A ideia de formar pares de gestores experientes com novos membros da família (e possíveis futuros líderes) cria um ambiente profícuo”, avalia Luca Solca, analista da Bernstein.

O fecho oficial do negócio, que visa aumentar a posição da LVMH no segmento do luxo, onde é detentor de marcas de moda e bebidas espirituosas, acontece depois de uma forte disputa legal, uma vez que o grupo francês recuou no valor inicialmente oferecido para a compra, quando a pandemia atingiu também as vendas de bens de luxo, acabando por a compra ser renegociada um preço mais baixo do que o previsto.

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Os analistas esperam que a LVMH, que alberga marcas como a Fendi e Veuve Clicquot, passe tudo a pente fino, desde a rede de lojas da Tiffany até às estratégias em áreas como as vendas online, uma vez que quer reposicionar a marca e optimizá-la. “Estamos optimistas com a capacidade da Tiffany de acelerar o seu crescimento”, declarou Bernard Arnault, em comunicado.

O conglomerado quer mexer na equipa de design antes de fazer a dita reforma — que os analistas esperam que se concentre em atrair jovens compradores e clientes asiáticos —, para isso já anunciou que o director artístico Reed Krakoff deverá deixar a empresa, assim como a directora de marcas Daniella Vitale. Contudo, ainda não nomeou substitutos.

Os últimos ganhos trimestrais da Tiffany revelam que o retalhista na área da joalharia já tinha recuperado de parte do impacto da pandemia, com um aumento de 70% nas vendas na China e um aumento nas vendas de e-commerce de 92% no último trimestre. A LVMH conta com a experiência com a joalheira Bulgari, adquirida em 2011, onde as vendas e as margens de lucro aumentaram.

A Tiffany, sediada em Nova Iorque e imortalizada no filme Breakfast at Tiffany's de 1961, protagonizado por Audrey Hepburn, é conhecida pelos seus estojos exclusivos em azul claro e continua a ser a joalharia mais escolhida para a compra de anéis de noivado.