Autoridade de Saúde considera que Marcelo teve contacto de baixo risco e levanta isolamento profiláctico

Marcelo Rebelo de Sousa vai poder estar presente no debate desta quarta-feira com André Ventura. DGS considerou que teve contactos de baixo risco com o seu assessor que recebeu entretanto um resultado positivo à covid-19.

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Marcelo aguarda resultado do teste e avaliação da DGS Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não vai precisar de continuar em isolamento profiláctico preventivo, depois de ter tido contacto com um assessor da sua Casa Civil que teve um resultado positivo no teste à covid-19. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) considerou que foram de “baixo risco” os contactos que teve, uma vez que foram com máscara e distanciamento social, confirmou o PÚBLICO junto da Presidência. 

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não vai precisar de continuar em isolamento profiláctico preventivo, depois de ter tido contacto com um assessor da sua Casa Civil que teve um resultado positivo no teste à covid-19. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) considerou que foram de “baixo risco” os contactos que teve, uma vez que foram com máscara e distanciamento social, confirmou o PÚBLICO junto da Presidência. 

Assim, Marcelo Rebelo de Sousa vai participar pessoalmente, esta noite na SIC, no frente-a-frente com André Ventura, marcado para as 21h, no âmbito da pré-campanha para as eleições presidenciais. Se tivesse de se manter em isolamento profiláctico, iria fazê-lo por videoconferência. 

O Presidente esteve algumas horas em isolamento profiláctico enquanto a DGS avaliava o grau de risco do contacto que manteve e enquanto aguardava os resultados dos dois testes que efectuou esta quarta-feira de manhã, um teste PCR e outro antigénico. Os dois testes deram negativo e esse facto terá contribuído para a decisão de não prosseguir com a quarentena. 

Marcelo Rebelo de Sousa teve dois contactos com o seu assessor na segunda-feira: passaram um pelo outro no Palácio de Belém e tiveram uma breve conversa ao ar livre junto da Basílica da Estrela, à margem da missa de corpo presente de Carlos do Carmo, explicitou Marcelo Rebelo de Sousa ao PÚBLICO. Em ambos os casos estavam de máscara e mantiveram a distância de segurança. Por isso Marcelo tinha a esperança que o libertassem do isolamento de 14 dias, mas estava preparado para manter a sua agenda presidencial e de candidato à distância, fazendo os debates e entrevistas por meios digitais

Antes da decisão da autoridade de saúde, a SIC já tinha informado que manteria o debate desta noite. “O Presidente da República anunciou estar em isolamento e aguarda indicações da DGS. O debate será presencial ou à distância, conforme essas indicações. A candidatura de André Ventura já foi avisada desta situação”, escreveu o director de informação do Grupo Impresa, Ricardo Costa, no Twitter. 

Também André Ventura recorreu ao Twitter para uma farpa eleitoral a Marcelo: “Ele há coincidências (quase) providenciais...”

Costa teve “exposição de alto risco"

Em meados de Dezembro, o primeiro-ministro esteve 14 dias em isolamento profiláctico depois de ter estado a almoçar no Palácio do Eliseu com o Presidente francês, Emmanuel Macron, na véspera deste testar positivo à covid-19. A 17 de Dezembro, António Costa ficou em isolamento profiláctico e apenas dois dias depois foi conhecida a decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo de considerar o contacto uma “exposição de alto risco"

Era essa avaliação que Marcelo aguardava da autoridade de saúde. Se o contacto com o seu assessor fosse considerado de alto risco, veria posta em causa a sua campanha eleitoral, ainda que pudessemanter grande parte das actividades por meios digitais. A campanha começa no domingo, dia 10, e prolonga-se até ao dia 22. Se ficasse 14 dias em quarentena, Marcelo só poderia voltar à rua no dia 20. 

“O Presidente da República, que teve contacto, na passada segunda-feira, com um elemento da Casa Civil, cujo resultado positivo ao SARS-CoV-2 foi conhecido nesta manhã, encontra-se em isolamento profiláctico preventivo, aguardando as diligências das autoridades de saúde, que estão a proceder à análise de risco”, informou de manhã a Presidência no seu site.

Não foi a primeira vez que Marcelo Rebelo de Sousa esteve em quarentena. No início de Março de 2020, o Presidente cancelou a agenda depois de ter recebido alunos de escola de Felgueiras mandada encerrar pelas autoridades de saúde. Apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, o Presidente “decidiu cancelar toda a sua actividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semanas. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro”, lia-se no comunicado oficial, emitido um dia depois de Marcelo ter reduzido a agenda.