O legado de Cutileiro passa por uma casa-museu em Évora

João Cutileiro revolucionou a escultura com um D. Sebastião que prenunciava a revolução. Trouxe velocidade ao desbaste da pedra. Teve a coragem de fazer arte a partir de uma pequena cidade. Qual é o seu legado?

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João Cutileiro fotografado no seu atelier, em 2005 ANTÓNIO CARRAPATO/arquivo

Como todos os momentos de ruptura, aquele em que João Cutileiro começou a trabalhar a pedra com máquinas eléctricas, uma rebarbadora, para sermos mais precisos, também tem os seus contornos iniciáticos. Na altura a viver entre Lagos e Londres, já a entrar nos 30 anos, relatou em algumas entrevistas que essa espécie de “epifania” se deu quase por acidente, pondo em evidência como a prática da escultura podia ultrapassar o escopo e o martelo, instrumentos milenares da profissão.

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Como todos os momentos de ruptura, aquele em que João Cutileiro começou a trabalhar a pedra com máquinas eléctricas, uma rebarbadora, para sermos mais precisos, também tem os seus contornos iniciáticos. Na altura a viver entre Lagos e Londres, já a entrar nos 30 anos, relatou em algumas entrevistas que essa espécie de “epifania” se deu quase por acidente, pondo em evidência como a prática da escultura podia ultrapassar o escopo e o martelo, instrumentos milenares da profissão.